Em discurso na abertura da Cúpula, Lula afirmou que Brasil sairá do mapa da fome até 2026.
Sob o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a inflação no Brasil voltou a apresentar variações, afetando de forma mais intensa as famílias de baixa renda.
Dados recentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam que, nos 12 meses até outubro, a inflação atingiu 4,99% para os lares com renda domiciliar muito baixa (inferior a R$ 2.105,99 mensais), maior patamar registrado desde fevereiro de 2023, quando chegou a 5,86%.
Em contrapartida, as famílias de renda alta (acima de R$ 21.059,92) experimentaram uma desaceleração inflacionária. Após acumular 4,72% até setembro, a inflação desse grupo recuou para 4,44% em outubro, tornando-se menor entre os seis níveis de renda analisados pelo Ipea.
Os alimentos, que representam 25% do orçamento das famílias de renda muito baixa, têm um impacto inflacionário mais significativo quando os preços sobem.
Em discurso na abertura da Cúpula, Lula afirmou que Brasil sairá do mapa da fome até 2026 e “fará muito mais” com o advento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
“Por isso, colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Este será o nosso maior legado”, afirmou.
O presidente lamentou ainda a volta do Brasil para o mapa da fome em 2022 e afirmou que o país sairá dele até 2026.
“Conseguimos sair do mapa da fome em 2014, para o qual voltamos em 2022 em um contexto de desarticulações do estado de bem-estar social. Foi com tristeza que, ao voltar ao governo, encontrei um país com 33 milhões de pessoas famintas. […] Até 2026, novamente sairemos do mapa da fome e com a Aliança faremos muito mais”, afirmou.