O Cemitério dos Japoneses preserva parte da história da imigração japonesa no meio da floresta Amazônica.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) entregou a obra de recuperação do Cemitério dos Japoneses para os representantes da Associação Nipo-brasileira de Parintins e para a prefeitura municipal.
Com um investimento de R$ 134.796,78 e com o apoio da secretaria de obras e cultura de Parintins, a obra contemplou o serviço de capina, a limpeza do local, a reparação das estruturas de madeira, a reforma da cobertura, das cercas e dos pisos.
O Cemitério dos Japoneses preserva parte da história da imigração japonesa no meio da floresta Amazônica. Em 1931, chegou o primeiro grupo de migrantes japoneses na Vila Amazônia, que vinham sob juramento de se fixarem permanentemente na Amazônia para a produção de juta.
Eliseu Inomata, presidente da Associação Nipo-brasileira de Parintins, agradeceu a obra de recuperação do cemitério e disse estar feliz com a revitalização do espaço sagrado.
“A gente vai poder trazer os japoneses que vêm do Japão para fazer uma visita porque temos algo para mostrar com essa parceria”, declarou o presidente.
A superintende da autarquia, Beatriz Calheiro, afirmou que o cemitério é um “espaço sagrado, um espaço de memória e de identidade da presença dos japoneses na nossa cultura“.
“E enquanto representantes do patrimônio, reforçamos o valor que essa memória tem e garantimos que a gente possa continuar aprendendo mais com as culturas que vieram fortalecer a Amazônia”, disse a superintendente.
Como evidências da passagem da migração japonesa no município, há famílias japonesas enterradas no cemitério municipal de Parintins, próximo a Igreja Nossa Senhora do Carmo.
A Praça Uyestuka, em frente ao bumbódromo, inaugurada em 1980 pela Prefeitura, também é uma forma de memorial das comemorações de 50 anos da chegada dos koutakussei.