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Polícia

Juiz federal é detido após bater na esposa em Parintins

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De acordo com a polícia,  a briga ocorreu dentro do carro do casal

O Juiz Federal do Trabalho, Eduardo Miranda Barbosa Ribeiro, de 58 anos, foi detido na noite de domingo (26). Ele é suspeito de agredir própria esposa.

A vítima foi identificada como Hérica da Silva Miranda, de 31 anos. As agressões aconteceram em Parintins, interior do Amazonas.

De acordo com a polícia,  a briga ocorreu dentro do carro do casal, os dois teriam discutido e o juiz acabou agredindo a mulher. Durante a abordagem, o juiz ainda tentou intimidar os policiais.

O motivo da discussão não foi revelado pela Polícia Civil. O caso vai ser investigado para saber se outras agressões já aconteceram antes.

Em nota, o TRT-11 repudiou as agressões sofridas por Hérica, e afirmou que todas as medidas necessárias para apuração dos fatos serão imediatamente realizadas pela Corregedoria Regional do Tribunal.

Nota do TRT-11

O Tribunal Regional do Trabalho da 11.ª Região vem a público repudiar veementemente o ato de violência doméstica sofrido pela senhora Hérica da Silva Miranda, que mantém união estável com o Juiz Federal do Trabalho Eduardo Miranda Barbosa Ribeiro, ocorrido no dia 26/11/2023, por volta de 18h, no município de Parintins/AM.

A conduta relatada é incompatível com os princípios éticos e morais que regem a magistratura e, consequentemente, com os valores defendidos por essa instituição do Poder Judiciário Trabalhista.

O TRT rechaça todo tipo de violência contra as mulheres e informa que possui uma atuação firme, com adoção de medidas e políticas de combate à violência doméstica e familiar.

 Desta forma, nos termos da Lei Complementar n.º 35, de 14 de março de 1979, todas as medidas necessárias para apuração dos fatos serão imediatamente realizadas pela Corregedoria Regional deste Tribunal.

Além do que, o Magistrado estará sujeito à responsabilidade civil e criminal na forma da Lei n.º 11.340/2006 – Lei Maria da Penha. E, também, será dado conhecimento dos fatos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em observância ao disposto no Provimento nº 147, de 4 de julho de 2023, que estabelece regras específicas para apuração de denúncias de violência contra a mulher envolvendo magistrados ou servidores do Poder Judiciário.

Ao tempo em que repudia os atos de violência, o TRT manifesta ainda sua solidariedade para com a vítima e sua família.

Por fim, o TRT possui o Comitê de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação, bem como a Ouvidoria da Mulher, para reprimir tais tipos de delitos no âmbito interno.”

Manaus, 27 de novembro de 2023

Desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva

Presidente do TRT-11″

 

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