Os dados reforçam a importância de planejamento financeiro para os brasileiros.
A taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito subiu pelo segundo mês consecutivo e atingiu 438,9% ao ano em outubro, o maior nível desde dezembro de 2022, informou o Banco Central (BC) na Estatística Monetária e de Crédito divulgadas na quinta-feira (28).
O aumento foi de 0,5 ponto percentual em relação a setembro, quando a taxa estava em 438,4% ao ano. Na prática, isso significa que uma dívida de R$ 800 no rotativo pode chegar a R$ 4.311,20 após um ano, caso não seja paga.
Vale lembrar que, para novas dívidas contraídas a partir deste ano, há um limite de 100% para os juros do rotativo, conforme regra do Conselho Monetário Nacional. Esse teto, no entanto, não é refletido nos dados divulgados pelo BC, que considera uma projeção anual das taxas.
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Cheque especial e consignado
A taxa média do cheque especial, segunda linha de crédito mais cara, caiu para 135,3% ao ano em outubro, uma redução de 1 ponto percentual em relação a setembro. Ainda assim, uma dívida de R$ 800 nessa modalidade alcança R$ 1.882,40 em um ano sem pagamento.
Já o crédito consignado, considerado uma alternativa com juros menores, teve taxa média de 23,4% ao ano em outubro, a maior desde abril.
Para beneficiários do INSS, a taxa é a mais baixa, 21,6% ao ano, enquanto para trabalhadores do setor privado pode chegar a 38,7%.
O BC orienta o consumidor a quitar integralmente a fatura do cartão de crédito. O uso do cartão na modalidade crédito rotativo deve ser evitado por ser uma linha cara de financiamento.