A oposição afirma ter cópias de 84% das atas, que provariam a fraude.
Nesta quarta-feira (31), María Corina Machado, líder da oposição, afirmou que ao menos 16 assassinatos, 11 desaparecimentos e mais de 177 detenções arbitrárias foram registradas na Venezuela nas últimas 48 horas.
Machado também falou em um alerta ao mundo sobre “a escalada cruel e repressiva do regime” de Maduro. Em rede social, a opositora fez um ataque a Nicolás Maduro e à repressão violenta de protestos contra o anúncio de sua reeleição.
“Diante da contundente e indiscutível vitória eleitoral que nós venezuelanos conseguimos, a resposta do regime é assassinato, sequestro e perseguição. (…) É a resposta criminosa de Maduro ao povo venezuelano que saiu às ruas em família e em comunidade para defender sua decisão soberana de ser livre. Esses crimes não ficarão impunes”, postou Corina em seu X.
A oposição, liderada por María Corina Machado, afirma ter cópias de 84% das atas, que provariam a fraude, e as publicou em um site.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) declarou não reconhecer resultado das eleições e os observadores do Carter Center atestaram que a votação “não atendeu aos padrões internacionais de integridade e não pode ser considerada democrática”.
Manifestações
As intensas manifestações desta terça-feira (30), foram marcados pela violenta repressão das forças de segurança, que deixaram centenas de presos.
Segundo a Procuradoria Geral da Venezuela e as ONGs atuantes no país, o número de mortos nos protestos contra o anúncio da vitória de Nicolás Maduro subiu para 12.
Tarek William Saab, procurador-geral da Venezuela, até esta terça-feira (30), ao menos 749 pessoas foram detidas durante os protestos contra o resultado das eleições divulgado nesta segunda-feira (29).
Suspensão de voos
A interrupção acontece um dia depois de a Venezuela romper relações diplomáticas com o Peru, após Lima afirmar que houve fraude nas eleições venezuelanas.