O suspeito estava sendo procurado desde o dia 17 de maio.
Rafael Bruno Lima de Souza, líder de organização criminosa responsável por aplicar golpes em bancos usando a identidade de ao menos 200 professores da rede estadual de ensino, foi preso neste sábado (8), em Manaus. O suspeito estava sendo procurado desde o dia 17 de maio.
A quadrilha promovia a falsificação de documentos de identidade de professores da rede pública estadual e abriam contas nos nomes das vítimas, realizando empréstimos consignados em valores que variavam entre 50 a 80 mil reais.
Estima-se que ao menos 200 professores foram vítimas dos golpes.
No dia 17 de maio, o 1° Distrito Integrado de Polícia deflagrou a Operação Embat, que prendeu 6 pessoas na primeira fase da operação. “Rafa do PCC” foi o sétimo e último suspeito preso por participação no esquema.
O suspeito também é alvo de uma investigação que o aponta como um dos responsáveis por falsificar documentos para uma facção criminosa que opera no ramo do tráfico de drogas na região norte do País.
Rafael responderá por furto qualificado, organização criminosa, estelionato, falsificação de documentos públicos, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
Organização criminosa
A organização criminosa se juntava com a empresa de administração tecnológica de autorização de empréstimos consignados para conseguir as senhas dos servidores públicos, assim possibilitando a concessão dos empréstimos em folha.
As investigações concluíram que o grupo criminoso se organizava em etapas e dividiam funções entre os membros.
Alguém realizava os furtos de identidades (RGs) em setores de achados e perdidos de instituições públicas, realizando as falsificações de documentos a partir da manipulação dos papéis furtados.
Outro grupo resgatava as senhas de autorização de empréstimos consignados junto a empresa de administração de cadastros dos servidores.
Em seguida, tinham membros que atuavam diretamente nas agências, utilizando a documentação falsa para abrir as contas bancárias e conseguir os empréstimos.
Por último, havia um responsável por escoar os valores, lavando os recursos a partir do recebimento via transferências pela plataforma PIX em empresas de fachada criadas para lavagem de dinheiro.