Nesta quarta-feira (17), Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela, alegou que o país pode enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso não seja reeleito ao cargo no dia 28 de julho.
O discurso de Maduro ocorreu durante um comício em Parroquia de la Vega, um distrito popular na Zona Oeste de Caracas. “O destino da Venezuela, no século 21, depende de nossa vitória em 28 de julho“, disse durante ato público.
“Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo“, completou Maduro.
“Quanto mais contundente for a vitória, mais garantias de paz vamos ter”, disse no mesmo discurso.
Nicolás Maduro concorre ao terceiro mandato consecutivo, o primeiro sendo em 2013.
O principal concorrente, o ex-diplomata Edmundo González, foi escolhido a partir de uma coalizão de partidos opositores e foi anunciado pela Plataforma Democrática Unitária (PUD) após Corina ter sido afastada da corrida eleitoral.
Antes, a opositora María Corina Machado era uma das favoritas para desbancar Maduro, mas foi impedida de concorrer às eleições presidenciais pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo chavista.
Em março, a PUD declarou que o “acesso ao sistema de inscrição” da candidata não tinha sido permitido. O governo do Brasil manifestou seu apoio à Corina ao afirmar que não existia motivos para a retirada da candidatura.
O regime de Maduro respondeu alegando que a manifestação do governo brasileiro parecia ter sido “ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.
Em outubro de 2023, o governo atual e a oposição assinaram o Acordo de Barbados, o qual certifica eleições democráticas na Venezuela.
O país realizará as eleições no dia 28 de julho, mas há a insegurança de que o regime do atual governo não assegure votações livres e democráticas.
