Conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mais de 80% desses focos ocorreram na Amazônia e no Cerrado.
De acordo com o “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto, pior resultado para o mês desde 2010.
Os dados históricos, coletados pelo Inpe desde 1998, colocam o período como o quinto pior mês de agosto no total de focos de queimadas para o Brasil.
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Em agosto de 2010, mais de 90 mil focos ativos foram detectados pelo satélite de referência do Inpe.
O mínimo de focos registrado pelo Inpe aconteceu em 2013, quando cerca de 21 mil foram contabilizados em todo o país.
Conforme o órgão, mais de 80% desses focos ocorreram na Amazônia e no Cerrado.
Amazônia
O ‘Programa Queimadas’ registrou, só na Amazônia, 65.667 focos de fogo desde janeiro até o momento. Este número representa um aumento de 104% quando comparado com o mesmo período do ano passado.
Somente em agosto de 2024, a Amazônia registrou mais da metade de todos os focos do ano: 38.266.
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Dos dez municípios que mais queimaram na Amazônia Legal em agosto, três estão no Amazonas: Apuí, Lábrea e Novo Aripuanã.
Os três estão localizados no Sul do estado, chamado de ‘arco do fogo’, devido a forte presença da pecuária na região.
O governo decretou emergência ambiental em todos os 62 municípios do estado e proibiu qualquer tipo de queimada.
Toda a fumaça que cobre a floresta está alcançando milhares de quilômetros e afetando outras regiões do país.
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