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Política

Manifestantes invadem Assembleia Legislativa do Paraná (Alep)

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Em vídeo, é possível ver os servidores forçando a entrada ao prédio enquanto os seguranças tentam impedir.

Nesta segunda-feira (3), servidores e alunos da rede estadual do Paraná invadiram a Assembleia Legislativa (Alep) durante uma manifestação contra o projeto de lei que propõe a terceirização da gestão administrativa de 200 colégios públicos.

Os manifestantes se concentraram na Praça Santos Andrade, no Centro, e depois caminharam até a Alep, onde o projeto seria avaliado em plenário pelos deputados estaduais.

Professores, servidores e estudantes, no plenário da Assembleia Legislativa, contra o projeto “Parceiro da Escola”. – Foto: Foto: Giuliano Gomes/PR Press

Após a invasão, o presidente da Alep, deputado Ademar Traiano (PSD), suspendeu temporariamente a sessão, enquanto os manifestantes gritavam palavras de ordem e o chamavam de ladrão.

Em vídeo, é possível ver os servidores forçando a entrada ao prédio enquanto os seguranças tentam impedir.

Após uma porta de vidro ser quebrada, os protestantes invadem e vão em direção às galerias da Assembleia.

O Batalhão da Polícia de Choque cercou o local e bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas. A confusão acabou deixando três pessoas feridas.

Em mobilização contra projeto que terceiriza gestão de colégios públicos, professores forçam entrada na Alep. – Foto: Giuliano Gomes/PR Press

De acordo com o Corpo de Bombeiros, um homem de 24 anos e uma mulher de 23 anos foram encaminhados ao Hospital Cajuru com ferimentos leves.

Apenas uma mulher de 51 anos teve ferimentos graves, sem risco de morte, e foi levada ao Hospital Evangélico.

Projeto de lei

O projeto de lei, que começou a tramitar em 27 de maio em regime de urgência, visa aumentar a abrangência do programa Parceiro da Escola.

O Governo do Estado afirma que a iniciativa visagarantir a gestão técnica e qualificada nas unidades educacionais, a fim de assegurar a prestação de serviços públicos educacionais de excelência”.

Outro objetivo citado é a busca pelo “o aumento da qualidade da educação pública estadual, por meio do estabelecimento de metas pedagógicas e modernização das estruturas administrativas e patrimoniais”.

O projeto de lei também alega que diretores e gestores poderão concentrar “esforços na melhoria da qualidade educacional”.

O texto afirma que os profissionais efetivos lotados no colégio permanecerão sob a gestão do diretor da rede e deverão atender a critérios e metas estabelecidos pelo parceiro contratado, em conjunto com o diretor da rede.

De acordo com o programa, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) poderá remanejar os servidores do quadro efetivo que, após consulta, optarem por relotação.

O projeto de lei afirma que o modelo pode ser implantado em todas as instituições da rede estadual de ensino de educação básica, exceto nos seguintes tipos de instituições:

  • de ilhas;
  • de aldeias indígenas;
  • de comunidades quilombolas;
  • da Polícia Militar do Paraná;
  • das unidades prisionais;
  • que funcionem em prédios privados, cedidos ou alocados de instituições religiosas, salvo previsão no respectivo instrumento;
  • que participem do Programa Cívico-Militar.

 

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