Rebecca Cheptegei terminou os Jogos Olímpicos de Paris, em agosto, no 44º lugar.
Menos de um mês após competir nos Jogos Olímpicos de Paris, a maratonista ugandense Rebecca Cheptegei faleceu nesta quinta-feira (5). A atleta estava internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) após ter 80% do corpo queimado em uma ataque com gasolina.
O crime ocorreu no domingo (1), quando o namorado da maratonista, Dickson Ndiema Marangach, invadiu a casa de Cheptegei e entrou em uma discussão por conta de um terreno recentemente adquirido por ela. Segundo familiares, as brigas entre o casal eram comuns.
Ndiema ateou fogo em Rebecca Cheptegei na frente das duas filhas, uma de 11 e outra de 9 anos.
A vítima foi levada ao Moi Teaching and Referral Hospital (MTRH) em Eldoret, Quênia, onde permaneceu internada na UTI por quatro dias, antes de vir a óbito por falência múltipla dos órgãos.
“Estamos profundamente tristes em anunciar o falecimento de nossa atleta, Rebecca Cheptegei, no início desta manhã (de quinta-feira), que tragicamente foi vítima de violência doméstica. Como federação, condenamos tais atos e pedimos justiça. Que sua alma descanse em paz” informou a Federação Ugandense de Atletismo através de uma postagem nas redes sociais.
Donald Rukare, presidente do Comitê Olímpico de Uganda, ainda se manifestou em condolências, pedindo o fim da violência de gênero e chamando o caso de um “ato covarde” que levou à perda de uma grande atleta, mas que legado de Cheptegei “permanecerá vivo”.
O comandante da Polícia do condado de Trans Nzoia, Jeremiah Ole Kosiom afirmou ao jornal “The Star” que Ndiema também se queimou no ataque com gasolina e continua internado no mesmo local.