Louis Gossett Jr. também era produtor, diretor, ativista social e fundador da Fundação Eracism de combate ao racismo.
Louis Gossett Jr., o primeiro homem negro a receber o Oscar de melhor ator coadjuvante, morreu aos 87 anos, em um centro de reabilitação de Santa Monica, na Califórnia. A família publicou um comunicado informando o falecimento nesta sexta-feira (29), mas a causa da morte não foi divulgada.
O vencedor do Oscar teve o papel principal em “Sadat: O Guerrilheiro da Paz”, como um líder egípcio que alcança a paz com Israel. Também participou da minissérie de televisão “Raízes”, e fez um sargento de treinamento pragmático em “A Força do Destino”.
Gossett também era produtor, diretor, ativista social e fundador da Fundação Eracism de combate ao racismo.
“É com grande pesar que confirmamos que nosso amado pai morreu nesta manhã. Gostaríamos de agradecer a todos pelas suas condolências neste momento. Por favor, respeitem a privacidade da família durante este momento difícil”, disse a família do ator em comunicado.
O ator ficou marcado quando, em 1983, se tornou o segundo homem negro a receber uma estatueta do Oscar, 19 anos após o ator Sidney Poitier. Gossett foi o primeiro a ganhar o Oscar de melhor ator coadjuvante pela sua interpretação do sargento Emil Foley, no drama “A Força do Destino”.
“Mais do que tudo, foi uma grande afirmação da minha posição como ator negro”, alega Gossett sobre o prêmio em seu livro de memórias, “An Actor and a Gentleman”, referência ao título original do filme que lhe rendeu o Oscar (“A Força do Destino”, título do filme no Brasil).
No livro, o ator fala abertamente sobre o racismo que encontrou no início da sua carreira em Hollywood, incluindo sobre o dia em que foi algemado em uma árvore depois de ser parado por caminhar em Beverly Hills à noite.
Ele também escreveu sobre a dificuldade que enfrentou para conseguir emprego, a desigualdade salarial em relação aos atores brancos e o ressentimento que o levou a batalhar contra as drogas e o álcool.