Chambriard concluiu destacando que a exploração de novos campos de petróleo é essencial para a segurança do país e para liderar a transição energética.
A nova presidente da Petrobras, Madga Chambriard, afirmou na segunda-feira (27), que a estatal vai “respeitar a lógica empresarial” sob sua gestão, enfatizando a necessidade de atividades exploratórias na costa brasileira, incluindo a Margem Equatorial.
Em sua primeira entrevista após assumir o cargo, Chambriard abordou a resistência enfrentada no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) em relação ao plano de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.
“Não há como gerir uma empresa dessas sem respeitar a lógica empresarial. Dando lucro, sendo tempestivo, atendendo os interesses tanto dos acionistas públicos quanto dos privados, nós vamos fazer”, disse Madga.
Plano de exploração e investimentos
A Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, é considerada uma região de grande potencial pelo setor de óleo e gás. O Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobras prevê investimentos de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial, com a expectativa de perfurar 16 poços nos próximos quatro anos.
Chambriard reafirmou o compromisso da Petrobras com a sustentabilidade, mencionando o objetivo de zerar as emissões de carbono até 2050. Destacou também que os investimentos em projetos de captura de CO2, energia renovável e hidrogênio.
Essa exploração na foz do Amazonas enfrenta críticas de grupos ambientalistas devido aos riscos à biodiversidade. Em maio do ano passado, o Ibama negou o pedido da Petrobras para perfuração marítima no bloco FZA-M-59.
A estatal apresentou um pedido de reconsideração, mas o Ibama afirmou que a nova solicitação não pode ser analisada sem estudos sobre o impacto para povos indígenas, o que a Petrobras considera uma exigência ilegal nesta fase do licenciamento.
A presidente da Petrobras mencionou que a empresa espera atingir um pico de produção em 2030, mas enfatizou a necessidade de manter e acelerar os esforços exploratórios para garantir a segurança energética do país.