Autoridades dizem que a tragédia é a pior desde o forte terremoto de 2010, que deixou 500 mortos
O número de mortos nos incêndios florestais do Chile subiu para 112, informou nesta segunda-feira, 5, o Serviço Médico Legal (SML), órgão estatal encarregado de divulgar o número de vítimas durante a crise.
Quando o Chile anunciou um número anterior de mortos, o presidente Gabriel Boric afirmou que haveria mais registros de mortes.
Bombeiros, soldados e brigadistas lutam para apagar vários incêndios no centro e no sul do país.
A maior parte do fogo estava se espalhando na região costeira de Valparaíso, onde vivem quase um milhão de pessoas, e onde ficam a sede do Congresso e um dos principais portos do país.
“Estamos juntos, todos nós, combatendo a emergência. A prioridade é salvar vidas“, disse Boric em uma mensagem à nação, acrescentando que havia decidido manter o toque de recolher e reforçar a presença militar nas áreas mais afetadas.
Além de Valparaíso, o fogo estava ativo nas regiões centrais de O’Higgins, Maule e Ñuble e na região sul de La Araucanía.
“Sabemos que esse número vai aumentar, vai aumentar significativamente. Estamos enfrentando uma tragédia de grande magnitude“, afirmou.
As autoridades disseram que a tragédia é a pior desde o forte terremoto de 2010, que deixou 500 mortos.
Boric disse que havia decretado um período de luto nacional de dois dias a partir desta segunda-feira “porque todo o Chile está sofrendo e chorando nossos mortos“.
O incêndio também forçou o fechamento da refinaria Aconcágua, a segunda maior do país, localizada a cerca de 15 quilômetros ao norte da cidade costeira de Viña del Mar, que foi fortemente afetada pelos incêndios.
O fogo começou após uma onda de calor atingir o país e outras regiões da América do Sul, como a Argentina. Apesar disso, o governo investiga se o fogo foi criminoso, já que pelo menos quatro focos de incêndio começaram ao mesmo tempo em Valparaíso.