Expansão do esgotamento sanitário é essencial para a prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida na capital amazonense.
Comemorado nesta semana, o Dia Nacional da Saúde destaca a importância do saneamento básico na promoção da saúde e qualidade de vida. Em Manaus, a 7º capital mais populosa do Brasil, investimentos na ampliação do esgotamento sanitário são vitais para os mais de dois milhões de habitantes.
Segundo a dra. Arlete Almeida, do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD) / Fiocruz Amazônia, esses serviços são cruciais para prevenir doenças de veiculação hídrica, especialmente em áreas vulneráveis.
“Aqui em Manaus temos uma característica muito presente de casas construídas às margens dos igarapés, nos rip raps e em palafitas, que acabam se tornando um foco para doenças de veiculação hídrica, tanto em época de cheia, como na estiagem. Ações como estas da Águas de Manaus, de avanço do esgotamento sanitário, trazem melhorias para todos”, destaca Arlete Almeida.
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O programa ‘Trata Bem Manaus’, lançado em janeiro, visa a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgoto em menos de 10 anos, com a construção de mais de 2,7 milhões de metros de rede coletora e cerca de 70 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs).
Este ano de 2024, já estão sendo construídos mais de 200 mil metros de rede em várias zonas da cidade, com previsão de cobertura de 38% até o final do ano.
A concessionária Águas de Manaus também está implantando redes de esgoto em áreas de palafitas, como no bairro Educandos.
Segundo Semy Ferraz, gerente de Responsabilidade Social da concessionária, é essencial respeitar a cultura local e adaptar-se à realidade geográfica da cidade para expandir o serviço de forma eficiente e inclusiva.
Dados da Fundação de Vigilância Sanitária em Saúde do Amazonas indicam uma redução significativa de doenças como diarreia e hepatite A nos últimos seis anos, período que coincide com a ampliação do esgotamento sanitário.
De acordo com a Águas de Manaus, entre 2018 e 2022, foram instalados mais de 200 mil metros de novas tubulações de água na cidade. Esse avanço permitiu que pelo menos 220 mil pessoas passassem a ter acesso à água tratada em suas residências.