Sinais mais comuns são dor no peito, falta de ar, tosse, tontura e palpitações
Luana Andrade, de 29 anos, morreu em decorrência de uma embolia pulmonar maciça após se submeter a uma lipoaspiração. A confirmação da causa da morte foi divulgada pelo Hospital São Luiz na tarde desta terça-feira, onde a influencer e assistente de palco do “Domingo Legal” havia se internado para a realização da cirurgia na segunda-feira.
De acordo com o Hospital São Luiz, Luana Andrade sofreu “intercorrência abrupta respiratória e teve uma parada cardíaca” após duas horas e meia de cirurgia e foi reanimada pela equipe médica. Segundo o hospital, a cirurgia foi feita por um médico e um anestesista contratados pela família da assistente de palco.
“A cirurgia foi interrompida e a paciente, submetida a exames que constataram quadro de trombose maciça. Foi transferida para a UTI onde foi submetida a tratamento medicamentoso e hemodinâmico. Mesmo com todos os esforços da equipe do hospital, ela evoluiu desfavoravelmente e morreu por volta de 5h30 de hoje”, disse o hospital na nota.
A embolia pulmonar é uma condição causada por um coágulo — normalmente formado nos membros inferiores (trombose) — que se desprende das paredes dos vasos sanguíneos e se desloca em direção ao pulmão, entupindo os vasos desse órgão. O impedimento de passagem de sangue compromete a oxigenação do corpo, podendo ser fatal. Quanto maior o tamanho do coágulo, maior é o risco de morte do paciente.
Há três condições que podem levar o sangue a coagular dentro de um vaso: lesão da parede vascular, alterações na coagulação sanguínea e no fluxo sanguíneo. Este último pode ter sido o caso de Luana devido às paradas cardiorespiratórias.
Os principais sintomas da embolia pulmonar são:
Tosse seca ou com sangue;
Falta de ar;
Dor no esterno (osso que fica no meio do pulmão);
Elevação dos batimentos cardíacos são sintomas
Em seu site, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica tem uma lista de possíveis riscos da lipoaspiração. Dentre eles está “trombose venosa profunda, complicações cardíacas e pulmonares”.
Segundo o Ministério da Saúde, são fatores de risco para uma embolia pulmonar:
Imobilidade prolongada (passar muito tempo parado);
Cirurgias extensas;
Câncer;
Traumas físicos;
Uso de anticoncepcionais com estrógeno;
Reposição hormonal;
Gravidez e pós-parto;
Varizes;
Obesidade;
Tabagismo;
Insuficiência cardíaca;
Idade superior a 40 anos;
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Distúrbios na coagulação do sangue.
Tratamento
A embolia pulmonar exige atendimento imediato. A condição pode levar à morte dos tecidos da região afetada e, na ausência de tratamento, surgem complicações graves, como a parada cardiorrespiratória, e o óbito.
Além da avaliação clínica do paciente, uma série de exames pode confirmar o diagnóstico. Entre eles, raio-x da região do tórax, tomografia computadorizada dos vasos pulmonares e arteriografia, que permite avaliar o fluxo das artérias.
De forma geral, a primeira parte do cuidado é feita em ambiente hospitalar, com administração de medicamentos.
Em casos mais graves, podem ser utilizados fármacos chamados trombolíticos, que destroem os coágulos sanguíneos. Os trombos também podem ser removidos com técnicas de cateterismo ou intervenção cirúrgica.
Prevenção
Em geral, hábitos saudáveis contribuem para reduzir os riscos de trombose e, por consequência, de embolia pulmonar.
Deve-se usar roupas confortáveis e um pouco mais largas, além de tomar bastante líquido, principalmente água. Pessoas com predisposição à formação de coágulos podem utilizar meias elásticas medicinais, sob prescrição médica.
Além disso, são recomendadas medidas para passageiros que realizam viagens longas, pois o período sem se mexer aumenta o perigo.