A ação da polícia cumpre quatro mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (14).
Nesta segunda-feira (14), a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou a Operação Verum, para tentar prender quatro investigados no caso dos transplantes de órgãos infectados pelo HIV, que resultou na infecção de seis pessoas com o vírus.
A ação da polícia cumpre quatro mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (14). Ao todo, 40 agentes participam da operação.
O sócio do PCS Lab Saleme, Walter Vieira, foi preso por agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) da Polícia Civil do Rio de Janeiro durante a primeira fase da operação. Ivanildo Fernandes dos Santos, responsável técnico do laboratório, também foi preso.
Além disso, o sócio Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, filho de Walter, foi conduzido pela polícia para prestar depoimento.
O objetivo é identificar os responsáveis pela emissão de laudos falsos que resultaram no transplante de órgãos infectados com HIV para seis pacientes.
A investigação também suspeita que o laboratório tenha falsificado laudos em outros casos.
Na manhã desta segunda-feira (14), a Polícia Federal também abriu um inquérito para investigar a infecção dos pacientes.
Os investigadores devem colher depoimentos de testemunhas, de representantes do laboratório responsável e dos pacientes infectados.
Relembre o caso
Seis pessoas foram infectadas com HIV após passarem por transplantes de órgãos na rede pública de saúde do Rio de Janeiro.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) contratou o laboratório PCS Lab Saleme para realizar os exames nos doadores de órgãos a partir de dezembro de 2023.
Segundo o governo do estado, o erro foi em dois exames do PCS Lab Saleme, que liberou órgãos de dois doadores que tinham HIV para a fila dos transplantes.
Em nota, o governador Cláudio Castro afirmou que o crime é “inaceitável e atenta contra a vida e a dignidade humana” e que o Estado “não permitirá que esse tipo de crime fique impune“.
“Não descansaremos até que todos os envolvidos nesse esquema criminoso sejam identificados e punidos de acordo com a lei. A vida de inocentes foi colocada em risco”, declarou Cláudio Castro.
Os advogados do laboratório PCS Lab Saleme divulgaram o seguinte comunicado:
“A defesa de Walter e Mateus Vieira, sócios do PCS Lab Saleme, repudia com veemência a suposta existência de um esquema criminoso para forjar laudos dentro do laboratório, uma empresa que atua no mercado há mais de 50 anos. Ambos prestarão todos os esclarecimentos à Justiça.”