Apesar do quadro positivo, os médicos estimam que o pontífice, de 88 anos, precisará permanecer internado por “mais alguns dias”.
O papa Francisco está bem disposto, sente-se melhor e consegue interagir com as pessoas ao redor no Hospital Gemelli, em Roma, informou o Vaticano nesta terça-feira (11). De acordo com os serviços de imprensa da Santa Sé, o pontífice retomou as terapias nesta manhã, incluindo tratamentos farmacológicos, fisioterapia respiratória e motora.
Além dos cuidados médicos, Francisco continua realizando os exercícios espirituais da Quaresma “em comunhão” com a Cúria Romana, por meio de videoconferência. O gabinete de imprensa do Vaticano também destacou que o papa passou mais uma noite tranquila no hospital.
O último boletim de saúde, divulgado na noite de segunda-feira (10), indicou que “as melhorias registradas nos dias anteriores foram ainda mais consolidadas, conforme confirmadas pelos exames de sangue e pela boa resposta ao tratamento”.
Apesar do quadro positivo, os médicos estimam que o pontífice, de 88 anos, precisará permanecer internado por “mais alguns dias”.
Fontes do Vaticano celebraram os “sinais positivos na evolução da doença”, mas alertaram para a necessidade de “prudência e circunspecção“, já que a pneumonia “ainda não está completamente debelada, embora não haja perigo iminente“.
“Dada a complexidade do quadro clínico do papa e da infecção grave presente no momento da hospitalização, ainda será necessário continuar o tratamento farmacológico em ambiente hospitalar durante um período de tempo”, explicaram os médicos.
Nesta terça-feira (11), não está prevista a divulgação de um novo boletim médico. No entanto, os serviços de imprensa do Vaticano devem fornecer atualizações ao longo do dia, se necessário. Uma nova entrevista com a equipe médica que acompanha o papa “é possível, mas não iminente”, segundo fontes da Santa Sé.
A hospitalização de Francisco, que começou em 14 de fevereiro, é a mais longa do pontificado. O papa já chegou ao hospital em um estado de fragilidade, após enfrentar uma série de problemas de saúde nos últimos anos, incluindo sobrepeso, dores nos joelhos, cirurgias no cólon e no abdômen, além de repetidas infecções respiratórias.
Outro fator que contribui para as fragilidades é a remoção do lobo superior do pulmão direito, realizada quando ele tinha 21 anos. Esses problemas de saúde reacenderam debates sobre a capacidade de continuar exercendo as funções papais e especulações sobre uma possível renúncia.