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PF não vê elementos para prisão preventiva de Jair Bolsonaro no caso “Abin paralela”

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - Foto: Evaristo/AFP
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Enquanto as investigações prosseguem, a PF permanece vigilante em relação a novas evidências que possam alterar o curso dos eventos.

Apesar dos avanços nas investigações na última semana, a Polícia Federal (PF) não encontra elementos suficientes para decretar a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso conhecido como Abin paralela.

As autoridades não cogitam a prisão preventiva, comum durante a fase investigativa, a menos que surjam provas que justifiquem tal ação.

PF não cogita prisão preventiva de Bolsonaro, mas vê condenação inevitável – Foto: Divulgação

Os investigadores trabalham com a coleta de diversas provas que, juntas, formam um conjunto probatório sólido. Essas evidências sugerem o uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para perseguir opositores do então presidente Bolsonaro.

De acordo com a legislação brasileira, a prisão preventiva pode ser decretada para garantir a ordem pública, impedir a interferência nas investigações ou evitar a repetição do crime.

No entanto, os agentes da PF acreditam que a condenação de Bolsonaro deve ocorrer através do Poder Judiciário, o que tornaria a prisão inevitável após a conclusão das investigações e o julgamento.

A prisão preventiva antes disso não é considerada necessária no momento, especialmente para evitar mobilizações sociais e consequências políticas, especialmente em ano de eleições municipais.

Depoimento de Ramagem à PF no Rio

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, prestou um depoimento de seis horas e meia à Polícia Federal, no Rio de Janeiro , no qual atribuiu a responsabilidade pelas supostas espionagens ilegais durante sua gestão a dois de seus subordinados.

O depoimento foi realizado na última quarta-feira (17). Ele chegou por volta de 15h20 à corporação e permaneceu no local até 21h50.

Ramagem é uma figura central nas investigações sobre a Abin paralela, revelada pela Operação Última Milha. Suas declarações são cruciais para o avanço das investigações. O deputado foi chefe da Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

As investigações da PF sobre aAbin paralela começaram em 2023 e revelaram o envolvimento do pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro em ações que utilizaram sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial.

Essa prática seria utilizada para monitorar possíveis encontros dos espionados.

De acordo com o relatório da investigação da PF, divulgado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foi encontrada uma gravação em um computador de Ramagem, registrada durante uma reunião com Jair Bolsonaro.

O encontro, realizado em 25 de agosto de 2020, buscava encontrar uma solução para o caso de Flávio Bolsonaro, envolvendo ações contra auditores da Receita Federal.

As apurações sobre a prática de rachadinha começaram após servidores da Receita identificarem movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro incompatíveis com sua renda.

Para chegar a essa conclusão, os agentes analisaram dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Enquanto as investigações prosseguem, a PF permanece vigilante em relação a novas evidências que possam alterar o curso dos eventos.

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