Dez dragas de garimpo ilegal já foram destruídas na ação que iniciou segunda-feira (9).
A Polícia Federal (PF) deu continuidade na manhã desta quarta-feira (11) às ações da “Operação Terra Viva“, que tem como objetivo combater o garimpo ilegal no Rio Solimões, no interior do Amazonas. Desde o início da operação, na última segunda-feira (9), dez dragas e equipamentos utilizados nas atividades ilegais já foram destruídos.
As ações estão concentradas nos municípios de Tabatinga e Santo Antônio do Içá e têm apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A operação segue até quinta-feira (12).
O ICMBio ressaltou que a participação visa a preservação dos rios e afluentes da região, que podem ser contaminados por produtos químicos utilizados no garimpo, como o mercúrio. Esses rios são considerados essenciais para as comunidades indígenas e ribeirinhas que vivem na área.
De acordo com a PF, a “Operação Terra Viva” foi iniciada após levantamentos realizados pela área de inteligência do órgão, que identificaram a extração ilegal de ouro em áreas próximas às cidades onde as atividades estão sendo realizadas.
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O delegado regional de Polícia Judiciária da PF Amazonas, Ozildo Brito, destacou a importância da operação.
“A operação hoje na região do Alto Solimões tem o objetivo de desarticular toda a organização criminosa que atua na destruição do bioma do Amazonas. Ela tem um aspecto muito relevante que é o aspecto social, que a atuação da presença federal naquela região, ela busca principalmente a proteção dos povos indígenas e dos ribeirinhos que vivem naquela região”, disse Brito.
A PF também informou que as atividades do garimpo ilegal são financiadas por grandes organizações criminosas que operam no Brasil. Mas detalhes sobre o número de prisões realizadas até o momento não foi divulgado, o balanço final das ações de combate devem ser divulgado ao fim da operação.
Os envolvidos nas atividades ilegais, incluindo os responsáveis pelo financiamento, poderão responder por crimes como usurpação de bens da União, dano ambiental em Unidade de Conservação, lavagem de dinheiro, entre outros delitos correlatos.