O número de pessoas mortas por policiais militares aumentou em 2024.
O policial militar Guilherme Augusto Macedo foi indiciado por homicídio doloso, crime de homicídio com intenção de matar, após tiro contra Marco Aurélio Cardenas Acosta, 22, estudante de Medicina, durante uma abordagem na madrugada de quarta-feira (20), em São Paulo . A ocorrência foi registrada por câmeras corporais, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado.
O caso aconteceu por volta das 2h50, na escadaria de um hotel localizado na Rua Cubatão, Vila Mariana, zona sul da capital paulista. O estudante foi morto com disparo de arma de fogo durante a abordagem.
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O policial responsável e outro agente presente na ação prestaram depoimento e foram afastados das atividades operacionais até o fim das investigações.
“Toda a conduta dos agentes é investigada. As imagens das câmeras corporais que registraram o fato serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)”, informou, em nota, a SSP.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou sobre o ocorrido nas redes sociais, lamentando a morte do estudante.
“Essa não é a conduta que a polícia do estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, é a polícia mais qualificada do país e está nas ruas para proteger. Abusos nunca serão tolerados e serão severamente punidos”, afirmou o governador.
Aumento da letalidade policial
Dados do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) mostram um aumento no número de pessoas mortas por policiais militares em serviço em 2024.
De janeiro a novembro, as vítimas fatais subiram de 313 no mesmo período do ano passado para 577, representando um crescimento de 84,3%.
O controle externo da atividade policial é realizado pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do MPSP.
As informações são enviadas diretamente pelas Polícias Civis e Militares à promotoria, obedecendo às determinações legais e resolução da SSP.