Iniciativa da UEA busca promover o reconhecimento das identidades negras e afrodiaspóricas nas salas de aula, estimulando a leitura e o acesso aos bens culturais.
Pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) estão realizando o projeto “Afroliterariedades na Escola“, voltado à difusão e ao estímulo à leitura das literaturas africanas de língua portuguesa e afro-brasileira nas escolas públicas de Manaus.
Contemplado pelo Prêmio Manaus Identidade Cultural Demais Linguagens, Edital de chamamento público nº 005/2023 (Lei nº 195/2022 Paulo Gustavo), o projeto visa a formação leitora dos estudantes do Ensino Fundamental II, promovendo o reconhecimento das culturas africanas e afro-brasileira por meio da literatura.
A primeira ação do projeto ocorrerá nesta segunda-feira (9) na Escola Municipal Poetisa Cora Coralina, na zona norte de Manaus. Entre as atividades, estão oficinas voltadas para os alunos dos 8º e 9º anos do turno matutino.
A Profa. Ma. Emanuelle Valente ministrará a oficina “Explorando As Aventuras de Ngunga: uma viagem literária em sala de aula“ para as turmas de 8º ano, enquanto a Profa. Karolina Gonzaga apresentará “Versos que resistem: navegando pelas memórias de Conceição Evaristo“ para as turmas de 9º ano.
A Profa. Ma. Lethicia Bernardino conduzirá a formação “A lei 10.639 e possibilidades para a mediação de leitura das literaturas africanas e afro-brasileira em sala de aula“ para os docentes de Língua Portuguesa.
Objetivos do ‘Afroliterariedades na Escola’
O projeto, coordenado pela doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras e Artes (PPGLA) da UEA, Profa. Ma. Lethicia Bernardino, sob orientação da Profa. Dra. Renata Rolon, busca estimular competências de leitura e interpretação nos estudantes e valorizar a diversidade cultural africana e afro-brasileira no currículo escolar.
A ação inclue a produção de materiais didáticos, capacitação de professores e atividades diretas com os alunos, estabelecendo uma ponte entre a universidade e a comunidade escolar.
Segundo a coordenadora Lethicia Bernardino, o projeto também serve como um canal de troca de saberes entre acadêmicos e professores da educação básica no ensino das literaturas africanas e afro-brasileira.
“Essa dinâmica pode reconfigurar a nossa visão e nos levar a identificar as reais dificuldades enfrentadas por professores no ensino das literaturas que propomos para o projeto”, afirmou a pesquisadora.
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Após o evento inaugural, o projeto seguirá para outras três escolas de Manaus: Escola Municipal Biólogo Adolpho Ducke, Escola Estadual Prof. José Bernardino Lindoso, e Escola Estadual Altair Severiano Nunes.
Com vigência até 30 de junho de 2025, o ‘Afroliterariedades na Escola‘ foi premiado na categoria Literatura, modalidade Capacitação e Formação, e é realizado em parceria com a Prefeitura de Manaus e o Ministério da Cultura.