A guarda costeira interrogou o capitão James Cutfield e outros sobreviventes. Nenhum deles comentou publicamente sobre como o navio afundou.
O chefe do gabinete do promotor público de Termini Imerese, Ambrogio Cartosio, anunciou a abertura das investigações de homicídio culposo sobre as mortes do bilionário britânico da tecnologia, Mike Lynch, e outras seis pessoas depois que um iate de luxo naufragou na Sicília.
O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa. Cartosio afirmou que até o momento, a investigação não foi dirigida a nenhuma pessoa individual.
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O barco da família, de 56 metros de comprimento, o Bayesian, naufragou durante uma tempestade na madrugada de segunda-feira (19) em Porticello, perto de Palermo.
Os especialistas da marinha ficaram perplexos com o naufrágio, pois o barco, construído pela fabricante de iates italiana Perini, deveria ter resistido à tempestade e em qualquer caso não deveria ter afundado tão rapidamente como aconteceu.
Puxar o Bayesian, que está aparentemente a uma profundidade de 50 metros, para fora do mar pode ajudar os investigadores a determinar o que aconteceu, mas a operação é complexa e cara.
Entre os 15 sobreviventes, estava a esposa de Lynch, cuja empresa era dona do Bayesian, e o capitão do iate.
A guarda costeira interrogou o capitão James Cutfield e outros sobreviventes. Nenhum deles comentou publicamente sobre como o navio afundou.
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Vítimas
Mike Lynch tinha 59 anos e era um dos mais conhecidos empreendedores britânicos de tecnologia do país, conhecido até como “Bill Gates do Reino Unido”.
O empresário tinha convidado amigos para se juntarem a ele no iate para celebrar sua absolvição em junho em um julgamento de fraude nos Estados Unidos.
O corpo de Hannah Lynch foi achado na sexta-feira (23) por mergulhadores.
Os outros cinco passageiros mortos foram achados na quarta (21) e quinta-feira (22), enquanto o corpo do único membro da tripulação que morreu, o chef de bordo Recaldo Thomas, foi encontrado na segunda-feira.
Entre os que também morreram no naufrágio estavam o advogado de Lynch, Chris Morvillo e Jonathan Bloomer, um banqueiro da Morgan Stanley que havia aparecido como testemunha de caráter no caso em nome do empresário.