A Petrobras já vinha negociando fatia da Refinaria de Mataripe, na Bahia, mas o governo quer de volta também a Refinaria do Amazonas.
A recompra da Refinaria de Manaus (Reman), localizada no Amazonas, tornou-se uma prioridade no governo federal, sendo um dos focos principais na gestão de Magda Chambriard à frente da Petrobras. Esta informação foi divulgada na última sexta-feira (17).
A lista de projetos prioritários inclui a retomada de obras no setor de refino e a recompra de refinarias vendidas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Entre as refinarias na mira do governo está a Refinaria de Manaus, além da já em negociação fatia da Refinaria de Mataripe, na Bahia.
Magda Chambriard foi nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir Jean Paul Prates, que foi demitido na terça-feira (14/5).
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A Refinaria de Manaus foi vendida pela Petrobras ao Grupo Atem em dezembro de 2022 por US$ 257,2 milhões, equivalente a mais de R$ 1,3 bilhão ao câmbio daquele ano. A transação foi alvo de críticas intensas por parte dos petroleiros.
Críticas à Venda
À época da venda, Deivid Bacelar, então coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e integrante do grupo técnico de Minas e Energia do grupo de transição, criticou a conclusão da operação.
Em nota, Bacelar afirmou que a transação “tinha que ser suspensa“, considerando a venda precipitada e prejudicial ao patrimônio público brasileiro. Ele classificou a operação como um “absurdo” e um ato apressado realizado nos últimos momentos do governo Bolsonaro.
A nomeação de Magda Chambriard sinaliza uma mudança de direção na política da Petrobras, com uma abordagem voltada para a valorização do patrimônio nacional e a revitalização da capacidade de refino da empresa.
A recomposição das refinarias vendidas será acompanhada de perto por especialistas e pela população, ansiosos por ver os próximos movimentos na gestão da gigante petrolífera brasileira.