Em 2023, o Madeira também desceu para níveis críticos, até chegar a cota de 1,09 metro: o menor nível da história.
Nesta sexta-feira (23), o rio Madeira atingiu a cota média de 1,80 metros em Porto Velho, o menor número já registrado no mês de agosto em 57 anos, desde que os níveis começaram a ser registrados pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).
De acordo com as observações do SGB, o Madeira já havia batido uma sequência de mínimas históricas em julho e o mesmo foi visto no mês de agosto. Por poucos dias, o nível do rio esteve acima do observado desde 1967.
O rio baixou, desde o nível do fim de julho, cerca de 60 centímetros em um mês e se manteve abaixo de 2 metros pela primeira vez em 2024.
Em 2023, o Madeira também desceu para níveis críticos, até chegar a cota de 1,09 metro: o menor nível da história.
Marcus Suassuna, engenheiro hidrólogo e pesquisador em geociências pelo SGB, afirma que a tendência é que o rio continue baixando e ultrapassando mínimas históricas, por conta da estiagem extrema que atinge o estado de Rondônia.
A última chuva com um volume considerável em Porto Velho, foi em 25 de maio. A cidade está há três meses sem chuvas significativas.
- Leia mais: Rio Madeira se aproxima da cota de 2m após chuvas abaixo da média na região de Porto Velho (RO)
Ainda segundo Suassuna, as causas da escassez se resumem há dois fatores determinantes: o Oceano Atlântico Norte mais aquecido que o normal, mais quente que o Atlântico Sul; e o fenômeno El Niño, que causa atrasos no início da estação chuvosa e enfraquecimento das chuvas iniciais do período.
De acordo com a Defesa Civil, outros sete rios apresentam níveis considerados abaixo da cota média e próximos da mínima histórica para a época do ano, conhecida como o verão amazônico.
Os ribeirinhos são os mais afetados pela seca, pois sem água encanada, eles ficam dependentes dos poços amazônicos, que secaram com a chegada da estiagem.