Só nessa quinta-feira (4), o Rio Negro desceu três centímetros, a maior descida registrada até agora.
Os dados do Porto da capital, responsável por monitorar o ritmo de descida das águas, mostram que o Rio Negro desceu 12 centímetros em 12 dias em Manaus. Nessa quinta-feira (4), o rio está em 26,73 metros.
A previsão da seca de 2024 é que seja nos mesmos moldes severos ou até mais grave do que a estiagem do ano passado, quando o Rio Negro alcançou o nível mais baixo dos últimos 120 anos.
O seca severa de 2023 colocou Manaus em emergência, fechando escolas da zona rural e mudando a paisagem de importantes pontos turísticos da capital.
Desde do dia 16 de novembro do ano passado, o Rio Negro tinha mantido um ritmo lento, mas constante de subida. No entanto, desde o dia 17 de junho, o rio parou de encher e passou seis dias em estabilidade.
A partir do dia 23, as águas começaram a descer. Desde então, foram 12 centímetros de descida, uma média de 1 centímetro por dia.
Só nessa quinta-feira (4), o rio desceu três centímetros, a maior descida registrada até agora.
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O cenário é o mesmo nos municípios Itacoatiara, Tabatinga e Coari.
Segundo o boletim da Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia (Proa Manaus), na Velha Serpa, o Rio Amazonas desceu 15 centímetros desde o dia 25 de junho até esta quarta-feira (3).
No dia 25 de junho, em Tabatinga, as águas do Rio Solimões estavam em 6,71 metros. Já na segunda-feira (1º), o rio subiu para 6,81 metros e na quarta (3) voltou a vazar, chegando a 6,69 metros.
A situação em Coari é mais crítica: desde o dia 25 de junho até esta quinta, o Solimões já vazou 43 centímetros e segue em ritmo acelerado de descida.