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Política

Silvio Almeida é demitido após denúncias de assédio sexual

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Ministro Silvio Almeida, Direitos Humanos — Foto: Brenno Carvalho/O Globo
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Presidente Lula considera situação insustentável e determina saída do ministro.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi demitido do cargo após denúncias de assédio sexual divulgadas pela ONG Me Too Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a decisão após uma reunião no Palácio do Planalto, afirmando que as acusações tornaram a permanência de Almeida “insustentável“.

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A manutenção do ministro no cargo é insustentável, considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, declarou o Planalto em nota oficial.

A existência das denúncias foi revelada pelo portal Metrópoles e confirmada pela ONG, que combate a violência sexual.

Ministro da Igualdade Racial, Silvio Almeida, durante cerimônia do governo. — Foto: Fátima Meira/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo.
Ministro da Igualdade Racial, Silvio Almeida — Foto: Fátima Meira/Futura Press

Segundo informações da jornalista Daniela Lima, da GloboNews, membros da equipe de Lula já estavam cientes de relatos sobre a conduta de Almeida desde o ano passado.

A Comissão de Ética da Presidência da República abriu um procedimento de apuração sobre o caso, dando a Almeida um prazo de 10 dias para apresentar defesa.

A Comissão é responsável por garantir o cumprimento do Código de Conduta da Alta Administração, fiscalizando o comportamento de servidores de alto escalão.

Almeida foi convocado para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.

Presidente Lula e Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos – Foto: Fátima Meira/Futura Press

A Polícia Federal também anunciou que abrirá um inquérito para investigar as denúncias.

Silvio Almeida nega as acusações, classificando-as como “mentiras sem provas“.

Almeida ainda entrou com um pedido de interpelação judicial contra a ONG Me Too Brasil, exigindo detalhes sobre as denúncias e o encaminhamento dado pela organização às informações recebidas.

Em declaração à imprensa, Lula afirmou que alguém que pratica assédio não vai ficar no governo, mas destacou que é necessário garantir o direito à defesa e a presunção de inocência.

Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, ele tem o direito de se defender, disse o presidente à Rádio Difusora, de Goiânia.

 

 

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