José Dirceu havia sido condenado pela 13ª Vara Federal de Curitiba a mais de oito anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou pedido da defesa de José Dirceu e extinguiu a pena de corrupção passiva contra o ex-ministro. O colegiado considerou que a pena, relacionada à Operação Lava Jato, prescreveu.
Na tarde da terça-feira (21), os ministros Nunes Marques, Ricardo Lewandowski (antes de sua aposentadoria) e Gilmar Mendes votaram pela extinção da pena.
Em sentido contrário, ficaram vencidos os votos dos ministros Edson Fachin, relator do habeas corpus, e Cármen Lúcia. O ministro Dias Toffoli não participou da votação.
José Dirceu havia sido condenado pela 13ª Vara Federal de Curitiba a mais de oito anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A condenação estava relacionada ao recebimento de vantagens ilícitas oriundas de um contrato fraudulento celebrado em 2009 entre a Petrobras e a empresa Apolo Tubulars.
O julgamento do caso pela Segunda Turma do STF teve início em março de 2022, mas foi interrompido devido a um pedido de vistas do ministro André Mendonça.
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Com a retomada e conclusão do julgamento nesta terça-feira (21), a decisão marca mais um capítulo importante na Operação Lava Jato, que investigou e processou diversos casos de corrupção envolvendo políticos e empresários de alto escalão no Brasil.
A defesa de José Dirceu comemorou a decisão, argumentando que a prescrição da pena representa uma vitória da justiça e do devido processo legal. Já os críticos da decisão veem nela um retrocesso no combate à corrupção e na responsabilização de agentes públicos por crimes cometidos no exercício de suas funções.
O caso de José Dirceu é emblemático e reflete a complexidade e as controvérsias em torno das ações judiciais da Lava Jato.A operação, que já resultou em várias condenações e prisões, continua a gerar debates acalorados sobre seus métodos, suas consequências e o futuro do combate à corrupção no Brasil.