Os envolvidos vão responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com abrangência nacional.
A Justiça do Rio determinou a prisão preventiva dos quatro homens detidos em flagrante por envolvimento na compra e revenda de 800 toneladas de carne imprópria para consumo humano. As carnes foram adquiridas de um frigorífico no Rio Grande do Sul, que havia sido atingido pelas enchentes de maio do ano passado.
Os detidos passaram por audiência de custódia na última sexta-feira (24). Entre os presos estão os donos da empresa localizada em Três Rios, no centro-sul do estado, além do gerente comercial e do diretor de logística. Todos tiveram a prisão preventiva decretada.
Segundo a Polícia Civil, até agora foram rastreadas apenas 17 toneladas da carne estragada, que foi vendida para um frigorífico em Contagem, Minas Gerais.
A investigação revelou, com o apoio da Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul, que os empresários se aproveitaram das enchentes de maio e junho para adquirir 800 toneladas de carne bovina que ficaram submersas por vários dias em Porto Alegre.

Embora alegassem que a carne seria destinada à produção de ração animal, a apuração descobriu que a carne imprópria foi, na verdade, revendida a outras empresas. Esse esquema gerou lucros de “mais de 1.000%”, de acordo com a Polícia Civil do Rio, colocando em risco a saúde de consumidores de todo o Brasil.
Os envolvidos vão responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com abrangência nacional. Eles foram encaminhados ao presídio no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio, onde permanecerão à disposição da Justiça.