A proposta do governo ainda está sujeita à aprovação do Congresso e poderá ser ajustada até o fim do ano.
O governo federal anunciou proposta para o Orçamento de 2025, que prevê um salário mínimo de R$ 1,509 — um aumento de R$ 97 em relação ao valor atual de R$ 1,412. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) foi enviado ao Congresso na sexta-feira (30) e projeta que o reajuste entre em vigor em janeiro, com o novo valor sendo pago a partir de fevereiro.
A proposta orçamentária, que inclui o novo valor, foi encaminhada ao Legislativo no final de agosto de 2024. O valor final só será definido em dezembro, quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de novembro for divulgado.
Aprovada pela lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a regra prevê o reajuste do salário mínimo com base na soma da inflação medida pelo INPC e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.
Em 2025, o cálculo projeta em conta o crescimento de 2,9% do PIB de 2023 e a inflação projetada em 3,65%, o que elevou a estimativa inicial de R$ 1.502 para R$ 1.509.
A medida terá impacto direto sobre diversos benefícios sociais e reformas que são corrigidas com base no salário mínimo. Segundo o Ministério da Fazenda, o reajuste visa garantir a manutenção do poder de compra dos trabalhadores e refletir sobre as variações econômicas do país.
Por outro lado, o Orçamento de 2025 prevê que o programa Bolsa Família não receba reajuste pelo segundo ano consecutivo. A proposta do governo ainda está sujeita à aprovação do Congresso e poderá ser ajustada até o fim do ano.
A ausência de correção no valor do Bolsa Família ocorre em um momento de alta inflacionária, levantando questionamentos sobre o impacto dessa decisão nas famílias de baixa renda.