A rede social ficou fora do ar no país neste domingo (19), devido a uma lei federal que exigia a venda das operações do TikTok para continuar funcionando nos Estados Unidos.
Neste domingo (19), o TikTok anunciou que retomou as atividades nos Estados Unidos, depois que o presidente eleito, Donald Trump, garantiu que atrasará a aplicação da lei que proibia o uso da plataforma no país. A medida será oficializada na segunda-feira (20), quando Trump reassumirá o cargo.
“Como resultado dos esforços do presidente Trump, o TikTok está de volta nos EUA”, informou a plataforma em notificação enviada aos usuários.
A rede social ficou fora do ar no país neste domingo (19), devido a uma lei federal que exigia a venda das operações do TikTok para continuar funcionando nos Estados Unidos. A legislação, sancionada em 2024, estabelecia o prazo final para essa negociação até o dia 19 de janeiro.
Com o bloqueio, mais de 170 milhões de usuários americanos ficaram sem acesso ao aplicativo, que também foi removido de lojas como a Play Store e a App Store. A medida afetou diretamente pequenas empresas e criadores de conteúdo.
Trump promete solução
Horas antes do anúncio da retomada, Trump declarou que emitirá uma ordem executiva adiando a aplicação da lei.
“Vou emitir uma ordem executiva na segunda-feira para estender o período para que as proibições da lei entrem em vigor”, escreveu Trump na Truth Social. Segundo ele, o decreto permitirá “um acordo que protegeria a segurança nacional dos Estados Unidos“.
O presidente eleito também sugeriu a criação de uma joint–venture entre a ByteDance, proprietária chinesa do TikTok, e novos investidores americanos, garantindo que os Estados Unidos obtenham 50% da participação na empresa.
“Gostaria que os Estados Unidos tivessem a propriedade de 50% em uma joint-venture. Ao fazer isso, salvamos o TikTok e o mantemos em boas mãos”, afirmou Trump.
A polêmica da segurança nacional
O TikTok enfrenta acusações de que coleta dados confidenciais de usuários americanos, o que representaria um risco à segurança nacional, segundo o governo dos EUA.
A ByteDance nega as acusações, mas a legislação aprovada em 2024 impôs restrições severas, incluindo multas pesadas para empresas que continuassem a operar com o TikTok.
Na sexta-feira (17), a Suprema Corte validou a legislação, afirmando que ela não viola a Primeira Emenda, que protege a liberdade de expressão.
O futuro do TikTok nos EUA agora depende da solução proposta por Trump, que busca um equilíbrio entre garantir a segurança nacional e manter o aplicativo em funcionamento para os milhões de usuários e empresas que dependem dele.
O TikTok agradeceu a Trump pela decisão, destacando que a medida permitirá que “mais de 7 milhões de pequenas empresas continuem prosperando”.