Os furacões de categoria 5 são considerados “catastróficos” pela Noaa.
De acordo com o banco de dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA), pelo menos 40 tempestades no Atlântico atingiram a categoria 5 desde 1924. No entanto, apenas quatro delas chegaram ao território dos EUA com essa intensidade.
Essas tempestades são lembradas pelos danos catastróficos e pelo número de vidas perdidas. Aqui estão algumas das mais devastadoras:
Furacão Camille (1969)
O furacão Camille atingiu o estado do Mississippi com força total em agosto de 1969, devastando quase tudo ao longo da costa. Os ventos chegaram a impressionantes 280 km/h e, na passagem, destruiu propriedades, arrancou árvores e causou inundações severas.
No total, 259 pessoas perderam a vida, a maioria na Virgínia, devido às chuvas torrenciais e deslizamentos de terra. Camille causou cerca de US$ 1,4 bilhão em danos na época, o que hoje seria equivalente a R$ 7,75 bilhões.
Furacão Andrew (1992)
O furacão Andrew, um dos mais temidos na história dos EUA, atingiu o sul da Flórida em agosto de 1992, com ventos que chegaram a 265 km/h, causando rajadas de até 280 km/h. Sua força arrasou casas, destruindo comunidades inteiras.
Andrew causou a morte de 26 pessoas diretamente, com outras dezenas de mortes relacionadas indiretamente ao furacão. Os prejuízos totalizaram US$ 30 bilhões, equivalente a cerca de R$ 166 bilhões hoje, o que fez de Andrew o desastre natural mais caro da história dos EUA na época.
Furacão Michael (2018)
Em outubro de 2018, o furacão Michael atingiu o estado da Flórida com ventos de 257 km/h, tornando-se a tempestade mais forte a impactar o estado. A força devastadora de Michael foi sentida por milhares de pessoas, deixando bairros em ruínas e famílias desabrigadas.
Pelo menos 74 mortes foram atribuídas ao furacão, sendo 59 nos EUA e 15 na América Central. Os danos causados por Michael foram estimados em US$ 25,1 bilhões, ou cerca de R$ 138 bilhões.
Essas tempestades não só marcaram a história dos EUA como reforçaram a importância de preparação e resposta a desastres naturais de grande escala, cujas consequências podem ser sentidas por décadas.
Como é feita a escolha dos nomes dos furacões e tufões?
Atualmente há 126 nomes de furacão que são repetidos em um ciclo de seis anos. Os nomes são escolhidos pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), com sede em Genebra, na Suíça, que seleciona nomes comuns de pessoas em inglês, espanhol e francês, pois essas são as línguas faladas nos países que mais são atingidos por furacões.
Os nomes dos furacões são divididos entre masculinos e femininos, em ordem alternada. Para os ciclones que se formam no Oceano Atlântico, ou seja, furacões, são seis colunas, cada uma representando um ano, com 21 nomes cada.
Eles seguem a ordem alfabética, excluindo as letras q, u, x, y e z, pois poucos nomes começam com essas letras.
Já os ciclones formados no Oceano Pacífico, ou seja, os tufões, a nomenclatura depende da região de origem do fenômeno. Se ocorrer no Noroeste do Pacífico, a nomenclatura obedece a uma lista com 144 nomes de A a Z (excluindo as letras q e u), que também se divide em seis colunas (anos).
No caso dos tufões do Centro-Norte do Pacífico recebem nomes havaianos, um total de 48, que são usados um depois do outro.
A questão da nomeação de furacões é interessante e envolve regras lógicas por organizações como a OMM. A substituição de nomes devastadores como o Katrina por outros ocorre para evitar associações negativas futuras, e o uso do alfabeto grego também é uma medida de contingência para anos e opções ativas.