Com 22 inspetorias no estado, o Conselho segue priorizando a orientação, registro e fiscalização da engenharia, agronomia e afins.
Nesta sexta-feira (30), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM) comemora 50 anos de história, marcados por um compromisso contínuo com o desenvolvimento da engenharia, agronomia e geociências no estado.
Durante esse meio século, a instituição não só expandiu as atividades, como também se adaptou para atender às demandas de uma região com desafios únicos, incluindo a fiscalização de profissionais em áreas remotas e a modernização dos processos.

Em entrevista à Rede MLC, Alzira Miranda, atual presidente do Crea-AM e primeira diretora mulher da instituição, destacou a trajetória de crescimento e adaptação do Conselho.
“Ao longo dos 50 anos, o Crea-AM cresceu. Antes, o Crea-AM não conseguia chegar aos lugares mais distantes do Amazonas; toda a fiscalização era concentrada na capital. O desafio foi fazer com que o Crea-AM fosse voltado para todo o estado”, disse a presidente.
A presidente ressaltou o empenho do Crea-AM em estreitar laços com os profissionais e entidades de classe, visando criar um ambiente mais colaborativo e inclusivo.

“Estamos hoje buscando aproximar o Crea-AM dos profissionais, escutando as demandas e desafios. Recebemos profissionais de diferentes modalidades que trazem seus problemas ao Conselho. Além disso, estamos visitando órgãos e instituições para entender como podemos integrar esses profissionais nas atividades das empresas, contribuindo com seu profissionalismo e expertise”, disse Miranda.
Expansão e descentralização: Um desafio vencido
Nos primeiros anos da criação, em 1974, o Crea-AM enfrentou desafios estruturais significativos. Naquela época, o estado do Amazonas estava sob jurisdição do Crea do Pará, o que gerava dificuldades logísticas para os profissionais locais.
Com apenas 300 engenheiros registrados, os deslocamentos frequentes a Belém para realizar registros e anuidades, eram um obstáculo constante.
A luta pela autonomia do Crea-AM refletiu o crescimento de Manaus e a expansão do setor tecnológico, impulsionados pela criação da Zona Franca. A necessidade de fiscalização de grandes obras e a regulamentação do exercício profissional em um momento de intensificação urbana foram um estimulante para a regionalização do Conselho.
De janeiro a julho deste ano, o Crea-AM realizou mais de 5.790 atos fiscalizatórios, registrando um aumento significativo em diversas áreas:
- Certidões de Acervo Técnico: Aumento de 40% na emissão.
- Atualizações Monetárias sem Multas: Crescimento de 38%.
- Multas por Infração às Leis 5.194/66 e 6.496/77: Aumento de 31,84%.
- Receita pela Emissão de ART: Crescimento de 9,74%.
- Profissionais Ativos: Atualmente, o Crea-AM conta com 30 mil profissionais registrados.

Com 22 inspetorias no estado, o Conselho segue priorizando a orientação, registro e fiscalização da engenharia, agronomia e afins. Para promover o conhecimento e integração, o Crea-AM oferece o programa Crea Qualifica, com cursos e fóruns de políticas públicas.
O Conselho também mantém parcerias para oferecer benefícios aos profissionais e colaboradores. Para mais informações sobre o Clube de Benefícios, os profissionais podem acessar o site do órgão crea-am.org.br.
Modernização e projeções para o futuro
Ao longo dos anos, o Crea-AM passou por diversas fases de modernização. Em 2015, o Conselho automatizou os processos, que antes eram realizados manualmente, facilitando o acesso de profissionais e empresas aos serviços da autarquia, tanto na capital quanto no interior.
Hoje, o Crea-AM investe na aproximação com os membros, ouvindo entidades e profissionais de diversas modalidades para entender as necessidades e integrar as competências desses profissionais ao mercado.
Segundo a presidente do Conselho, há um esforço contínuo para aproximar o Conselho dos profissionais.
“Estamos visitando órgãos e instituições para entender como podemos incluir os profissionais nas atividades das empresas, além de estudar isenções para o Polo Industrial de Manaus”, concluiu Alzira.