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Meio Ambiente

Rio Madeira se aproxima da cota de 2m após chuvas abaixo da média na região de Porto Velho (RO)

Em situação de seca crítica, a Região Norte enfrenta os reflexos de seguidas estiagens registradas nos últimos anos. - Foto: Defesa Civil de Porto Velho
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Nesta terça-feira (6), o nível do rio era de 2,07m em Porto Velho. A cota baixa histórica é de 1,10m, de outubro do ano passado.

O Rio Madeira se aproxima da cota de 2m após chuvas abaixo da média entre os meses de novembro de 2023 e abril de 2024. Em Porto Velho, o nível baixo do rio traz consequências negativas para a navegação, ao fornecimento de água e à geração de energia.

O último Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Madeira, realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), alertou que todos os pontos de monitoramento se encontram abaixo da faixa de normalidade para este período do ano, exceto em Guajará-Mirim. 

Nesta terça-feira (6), o nível do rio era de 2,07m em Porto Velho. A cota baixa histórica é de 1,10m, de outubro do ano passado.

Em outubro de 2023, o Rio Madeira registrou a cota mais baixa da história: 1,10 m. – Foto: Reprodução/Clima Info

Os trechos de Porto Velho e Jirau-Jusante Beni apresentam o nível mais baixo registrado no histórico para este período.

Marcus Suassuna, pesquisador em Geociência do Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e engenheiro hidrólogo do SGB, informou que existe uma “anomalia de chuvas” ao longo da calha do Rio Madeira, o que não permite a “reposição” dos níveis de água.

Suassuna também explicou que quando o nível do rio (Madeira) está abaixo da cota de quatro metros, a Delegacia Fluvial de Porto Velho emite um documento com algumas restrições. 

Desde o início do mês de junho, o nível do Madeira apresentou uma redução de mais de três metros, conforme o Serviço Geológico do Brasil. – Foto: Prefeitura de Porto Velho

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) projeta também chuvas na bacia do Madeira entre os dias 06 e 10 e 16 e 18 de agosto, apesar da previsão de seca severa. 

“Nós observamos também que há indícios de chuvas em áreas da Bolívia. Então, essa chuva que cai na Bolívia, acaba chegando a Porto Velho”, diz Suassuna.

O pesquisador também informou que, apesar do repiquete do Rio Madeira (quando o rio está em baixa, mas volta a subir alguns centímetros), os prognósticos sazonais de chuvas todos indicam chuvas abaixo da média.

“Então, o prognóstico a longo prazo continua sendo de preocupação”, diz o pesquisador.

Está proibida a navegação noturna no trecho de Porto Velho-RO a Novo Aripuanã-AM, por prazo indeterminado, devido ao regime de seca do Rio Madeira, conforme a Capitania Fluvial de Porto Velho.

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