Houve um registro de aumento no nível das águas de aproximadamente 10,22 cm/dia.
Após enfrentar uma das piores secas já registradas, o Rio Negro registrou um aumento de 92 centímetros durante as medições realizadas durante os primeiros 14 dias de novembro. Esta é a primeira vez em meses que o rio atinge a marca dos 13 metros.
Em 2024, o Amazonas registrou, pelo segundo ano consecutivo, o recorde de seca nos rios do estado, o próprio Rio Negro chegou a marca dos 12,11 metros, o menor nível já registrado em 121 anos.
A estiagem afetou severamente a economia e a qualidade de vida das famílias amazonenses, em especial as que dependem do turismo regional ou que usam do rio para se locomover. Dezenas de comunidades ficaram ilhadas e alguns pontos turísticos como foram interditados.
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Ainda assim, o Serviço Geológico do Brasil demonstrou preocupação sobre as chuvas abaixo da média, apontando que o rio poderia continuar secando caso o regime de chuvas não retornasse com a frequência normal.
“A expectativa é que o nível fique abaixo de 16 metros até a segunda quinzena de dezembro. Estamos em 12 e pouco, ele vai permanecer mais ou menos nessa cota por uns dias e aí a tendência é que ele volte a subir, mas abaixo da cota 16 até mais ou menos o Natal, o Réveillon”, disse a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho, em entrevista coletiva no último dia 31 de outubro.
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A falta de chuvas, porém, não é o único problema que preocupa os moradores do estado: com a baixa das águas, se tornou cada vez mais comum que deslizamentos de terra ocorram em regiões onde havia água.
Apesar do fenômeno das “terras caídas” ser relativamente comum e ter afetado áreas portuárias e residenciais de vários municípios, ainda representa perigo para a vida dos amazonenses.