As acusações são relatadas de maneira genérica em uma nota do Me Too Brasil; o ministro dos Direitos Humanos nega.
Silvio Almeida, titular da pasta de Direitos Humanos e Cidadania do governo Lula, enfrenta graves acusações de assédio sexual, incluindo supostamente contra a ministra Anielle Franco, titular da Igualdade Racial.
As denúncias foram feitas à organização Me Too Brasil, que confirmou ter recebido relatos de vítimas, oferecendo apoio psicológico e jurídico.
Em resposta, Almeida solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR), à Controladoria-Geral da União (CGU) e à Comissão de Ética Pública que apurem os fatos, negando as acusações.
O Instituto Luiz Gama, fundado pelo próprio Almeida, declarou que as acusações são “mentiras para derrubá-lo” e apontou que o ministro é alvo frequente de racismo e tramas políticas.
Segundo o Instituto, há um movimento organizado por pessoas que se sentem “ofuscadas” pelo trabalho do ministro.
“Muitas pessoas mesquinhas e racistas não querem um ministro negro. Infelizmente, há pessoas negras que também não querem, gente que há muito tempo trama contra ele e reclama que está sendo ofuscada por ele”, diz a nota.
O governo federal, por meio do Planalto, reconheceu a gravidade das denúncias e convocou Almeida para prestar esclarecimentos.
Em nota oficial, o governo afirmou que o caso está sendo tratado com “rigor e celeridade”, as situações de possíveis violências contra mulheres.
Posicionamento de Silvio Almeida
Em defesa, o ministro ressaltou o compromisso com os direitos humanos e repudiou as acusações.
“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim”, declarou, destacando o respeito pela esposa e filha e pedindo que as investigações sigam com total rigor.
O caso segue sendo investigado pela Comissão de Ética da República, que já ouviu o ministro, o Controlador-Geral da União, Vinícius Carvalho, e o advogado-geral da União, Jorge Messias.