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Astronautas retornam à Terra depois de nove meses no espaço após problemas técnicos

A solução veio com a missão Crew-9 da SpaceX, que decolou no final de setembro com apenas dois astronautas a bordo para resgatar Williams e Wilmore. - Foto: Nasa
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A decisão de antecipar o retorno foi tomada após a avaliação das condições meteorológicas.

Após uma missão que deveria durar apenas oito dias, mas se estendeu por nove meses, os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore finalmente iniciaram a jornada de volta à Terra. A dupla, que ficou “presa” no espaço devido a problemas técnicos na cápsula Starliner, da Boeing, embarcou na cápsula Dragon Freedom, da SpaceX, que desacoplou da Estação Espacial Internacional (ISS) na madrugada desta terça-feira (2h05 no horário de Brasília).

Apesar do longo período no espaço, essa não é a estadia mais prolongada de um astronauta em órbita. O recorde pertence ao cosmonauta russo Valeri Polyakov, que passou mais de um ano em uma missão espacial. Williams e Wilmore, no entanto, acumularam 287 dias na ISS, muito além do planejado.

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A cápsula Dragon Freedom, que também transporta os astronautas Nick Hague e o cosmonauta russo Aleksandr Gorbunov, da missão Crew-9, iniciou o retorno com uma série de etapas críticas.

O processo incluiu o fechamento da escotilha às 23h45 da última segunda-feira (17), o desacoplamento da ISS às 2h05 da madrugada de terça-feira, e a amerissagem (pouso na água) prevista para às 18h57 do mesmo dia, na costa da Flórida, nos EUA.

Suni Williams e Butch Wilmore acumularam 287 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), muito além do planejado. – Foto: Nasa

A decisão de antecipar o retorno foi tomada após a avaliação das condições meteorológicas.

“As previsões indicam condições favoráveis para terça-feira à noite, oferecendo uma janela de oportunidade antes da chegada de condições climáticas menos favoráveis previstas para o final da semana”, explicou a Nasa.

Retorno

A jornada de Williams e Wilmore começou com a chegada à ISS a bordo da cápsula Starliner, da Boeing, em uma missão que deveria durar apenas oito dias.

No entanto, falhas técnicas impediram o retorno da dupla no veículo original. Como medida de segurança, a Nasa optou por trazer a Starliner de volta à Terra vazia, deixando os astronautas sem transporte.

A solução veio com a missão Crew-9 da SpaceX, que decolou no final de setembro com apenas dois astronautas a bordo, em vez de quatro, para resgatar Williams e Wilmore. Agora, a cápsula Dragon Freedom traz os quatro astronautas de volta ao planeta.

Enquanto isso, a cápsula Dragon Endurance, também da SpaceX, chegou à ISS no domingo (16) como parte da missão Crew-10.

A cápsula Starliner da Boeing é vista acoplando à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). – Foto: Nasa

A nova tripulação, comandada pela astronauta norte-americana Anne McClain, inclui Nichole Ayers como piloto, o japonês Takuya Onishi e o cosmonauta russo Kirill Peskov. Eles substituirão a atual equipe da Crew-9, garantindo uma transição suave das responsabilidades na estação.

Inicialmente, a SpaceX planejava construir uma nova cápsula Dragon para a missão Crew-10, com lançamento previsto para fevereiro. No entanto, atrasos na fabricação e pressões políticas levaram a Nasa a reatribuir a missão para uma cápsula disponível mais rapidamente.

A escolha da SpaceX para o resgate dos astronautas marca um momento significativo na história da exploração espacial. Há dez anos, a Nasa encomendou cápsulas tanto da Boeing quanto da SpaceX para transportar astronautas até a ISS.

 

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