No ano, a criptomoeda já subiu mais de 140%.
Nesta quarta-feira (4), o preço do Bitcoin (BTC) ultrapassou, pela primeira vez, a aguardada marca de US$ 100 mil, atingindo um pico de US$ 103.670 pouco após a meia-noite. O movimento de alta foi significativo durante a madrugada e, às 6h41 desta quinta-feira (5), a criptomoeda era negociada a US$ 102.726, registrando alta de 5,9% nas últimas 24 horas.
O marco histórico foi alcançado horas após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a nomeação de Paul Atkins como presidente da Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC).
Atkins substituirá Gary Gensler, cuja gestão ficou marcada por uma postura rigorosa em relação às moedas digitais. O mercado viu a nomeação como um sinal positivo para a indústria cripto.
A ascensão do Bitcoin para a marca dos US$ 100 mil já era amplamente aguardada desde as eleições presidenciais nos EUA. Trump, anteriormente crítico ao setor, mudou a postura em 2024, prometendo transformar o país em uma potência global das criptomoedas.
Entre as propostas estão a criação de uma reserva estratégica nacional de Bitcoin, isenções fiscais para transações envolvendo criptoativos e a abertura de mercados para IPOs no setor.
A equipe de transição de Trump iniciou discussões sobre a criação de um cargo na Casa Branca dedicado exclusivamente à política de ativos digitais, algo inédito na história americana.
Além disso, o mercado foi impulsionado pela notícia publicada pelo Financial Times, segundo a qual a Trump Media estaria em negociações para adquirir a Bakkt, uma das principais empresas de trade de criptoativos.
Fatores adicionais que impulsionam o Bitcoin
O otimismo com o futuro do Bitcoin não se deve apenas às ações de Trump. Grandes players do mercado continuam apostando na criptomoeda. A MicroStrategy, maior detentora corporativa de Bitcoin, recentemente adquiriu mais US$ 2,6 bilhões em BTC por meio da emissão de dívida, consolidando ainda mais sua posição no mercado.
Outra força propulsora foi o sucesso dos ETFs de Bitcoin, lançados no início do ano. Apenas no dia das eleições americanas, esses fundos receberam aportes líquidos de US$ 5,8 bilhões, alcançando US$ 100 bilhões em patrimônio conjunto.
Para muitos analistas, o acesso facilitado ao Bitcoin promovido pelos ETFs tem sido um dos maiores catalisadores para o aumento do preço.
Com o ativo acumulando uma alta superior a 140% no ano, analistas e investidores seguem atentos às próximas ações do governo Trump e aos desdobramentos das promessas que prometem moldar o futuro das criptomoedas.