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Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha: Conheça a importância da data

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A violência contra as mulheres negras e a desigualdade social e racial são temas centrais nos debates desse dia.

Neste Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, 25 de julho, data que também marca, no Brasil, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

No dia 25 de julho de 1992, a cidade de Santo Domingo, na República Dominicana, foi palco de um evento histórico: o 1º Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas.

Mais de 300 representantes de 32 países reuniram-se para denunciar os desafios enfrentados pelas mulheres negras e propor soluções.

Com atos espalhados em 2024, movimentos se prepararam para marcha nacional das mulheres negras até Brasília em 2025 – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Desse encontro nasceu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, que, junto à Organização das Nações Unidas (ONU), conseguiu o reconhecimento do dia 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

O Legado de Tereza de Benguela

Tereza de Benguela foi conhecida como Rainha Tereza, foi uma líder quilombola que resistiu por duas décadas à opressão, comandando o Quilombo do Piolho no século XVIII, um dos maiores do Mato Grosso

A história de luta contra a opressão é um símbolo da resistência e da força das mulheres negras.

Tereza de Benguela
Tereza de Benguela relembra a resistência da mulher negra – Foto: Divulgação

A Lei 12.987/2014, que oficializou a data, promove marchas, palestras e atividades culturais, destacando a luta das mulheres negras contra a escravidão e o racismo.

A celebração dessa data é crucial para dar visibilidade às questões enfrentadas por essas mulheres.

Segundo dados do IBGE, três a cada quatro pessoas que vivem na pobreza no Brasil são negras. Além disso, a violência contra as mulheres negras e a desigualdade social e racial são temas centrais nos debates desse dia.

Realidade das mulheres negras e a importância da data

Dados do IBGE (2019) revelou que apenas 17,1% das mulheres negras tinham ensino superior completo em 2018, comparado a 36,1% das mulheres brancas.

A taxa de homicídios de mulheres negras aumentou 12,4% entre 2008 e 2018, enquanto a de mulheres não negras cresceu 11,7% no mesmo período, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Segundo dados de 2010 da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e das Nações Unidas, o Brasil possui o maior percentual de população afrodescendente na América Latina e no Caribe, com 50,9%.

Outros países também têm significativas populações afrodescendentes, como Cuba (35,9%), Porto Rico (14,8%), Colômbia (10,5%), Panamá (8,8%), Costa Rica (7,8%) e Equador (7,2%).

A celebração do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e do Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra é um passo crucial para dar visibilidade às injustiças enfrentadas por essas mulheres.

 

 

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