Seguindo os três eixos fundamentais do livro (Convite, Diagnóstico e Alerta), “A Queda do Céu” apresenta a cosmologia do povo Yanomami.
Levando o mesmo nome do livro escrito pelo xamã Yanomami Davi Kopenawa e o antropólogo francês Bruce Albert, o filme brasileiro “A Queda do Céu” foi selecionado para estrear na mostra Quinzaine des Cineàstes (Quinzena de Cineastas), mostra paralela ao Festival de Cannes, na França, que ocorrerá de 14 a 25 de maio deste ano.
Dirigido por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha e produzido pela produtora Aruac Filmes, o filme conta a história da festa Reahu, ritual funerário dos Yanomami, cerimônia que reúne centenas de parentes dos indígenas falecidos com a finalidade de apagar todos os rastros daquele que se foi e colocá-lo em esquecimento.
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Lançado em 2010, originalmente em francês, “A Queda do Céu: Palavras de um Xamã Yanomami” reúne reflexões de Davi Kopenawa, contadas ao seu amigo Bruce Albert, sobre o contato de seu povo com os não indígenas desde os anos 1960.
Seguindo os três eixos fundamentais do livro (Convite, Diagnóstico e Alerta), “A Queda do Céu” apresenta a cosmologia do povo Yanomami.
O mundo dos espíritos Xapiri pë, o trabalho dos xamãs para segurar o céu e curar o mundo das doenças produzidas pelos não- indígenas, o garimpo ilegal, o cerco promovido pelo povo da mercadoria e a vingança da Terra são temas abordados no filme.
Maior território indígena do Brasil, a Terra Indígena Yanomami tem quase 10 milhões de hectares. Atualmente, tem uma população aproximada de 30.400 mil indígenas que vivem em 386 comunidades.
O Festival de Cannes, criado em 1946, é um dos mais famosos e prestigiados festivais de cinema do mundo e chega a 77ª edição este ano.
A data para primeira exibição de “A Queda do Céu” ainda deve ser anunciada.