A infecção é causada por fungos e, geralmente, surge a partir de arranhões ou mordidas de animais infectados, que também são vítimas do Sporothrix brasiliensis.
Dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) mostram que, de janeiro até o dia 30 de abril deste ano, o Amazonas registrou 336 casos de esporotricose humana, sendo 331 somente em Manaus. Não há óbitos relacionados à doença.
O informe epidemiológico do FVS divulgado na última terça-feira (30) aponta que, de janeiro até 15 de fevereiro, foram notificados 108 casos de esporotricose humana. Atualmente, o número de casos aumentou em 342% referente aos meses de março e abril, com 260 novos casos.
A infecção é causada por fungos e, geralmente, surge a partir de arranhões ou mordidas de animais infectados, que também são vítimas do Sporothrix brasiliensis.
Em animais, foram notificados 501 casos de esporotricose no Amazonas, sendo 319 confirmados e 195 em tratamento, de janeiro a abril e 122 eutanásias/óbitos.
A maior quantidade de animais infectados é gatos (96,2%), seguidos de cães (3,8%). Os animais envolvidos são, em maioria (70,1%), macho.
Além de Manaus, o munícipio de Presidente Figueiredo registrou três casos da doença, seguido de Barcelos e Careiro, no interior do Amazonas, com um caso de esporotricose humana cada.
Esporotricose Humana
Os sintomas da esporotricose aparecem após a contaminação do fungo na pele.
Em casos mais graves, por exemplo, quando o fungo afeta os pulmões, podem surgir tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Na forma pulmonar, os sintomas se assemelham aos da tuberculose.
O fungo também pode afetar os ossos e articulações, manifestando-se como inchaço e dor aos movimentos, bastante semelhantes ao de uma artrite infecciosa.
As formas clínicas da doença vão depender do estado imunológico do indivíduo e a profundidade da lesão. O período de manifestação é variável, de uma semana a um mês, podendo chegar a seis meses após a entrada do fungo no organismo humano.
O tratamento deve ser realizado após a avaliação clínica, com orientação e acompanhamento médico. A duração do tratamento pode variar de três a seis meses, ou mesmo um ano, até a cura do indivíduo.