O petróleo Brent, referência global, subiu 2,5%, alcançando US$ 80,55 o barril
O assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, no Irã, gerou um impacto significativo nos mercados de petróleo nessa quarta-feira (31).
O evento intensificou os temores de uma possível escalada de violência no Oriente Médio, uma região crucial para a indústria de energia global.
Os preços do petróleo dos EUA subiram até 4%, atingindo US$ 77,58 o barril após a notícia do assassinato de Haniyeh.
Embora o aumento tenha diminuído um pouco desde então, o petróleo bruto dos EUA está atualmente negociado em alta de 3,1%, a US$ 77,05 o barril.
O petróleo Brent, referência global, subiu 2,5%, alcançando US$ 80,55 o barril.
O mercado de energia está monitorando de perto a situação, temendo que um conflito mais amplo possa prejudicar os fluxos de petróleo, especialmente considerando que o Irã, um importante fornecedor de petróleo, poderia ser diretamente afetado.
“Não há petróleo em Israel ou no Líbano. Mas há muito petróleo no benfeitor do Hamas e do Hezbollah: o Irã“, explicou Robert Yawger, vice-presidente de futuros de energia da Mizuho Securities.
“Se a situação sair do controle e houver uma batalha maior, há de 2 a 3 milhões de barris de petróleo iraniano subitamente em risco“, concluiu Yawger.
Apesar da reação do mercado, os preços do petróleo ainda permanecem relativamente baixos no mês.
Yawger observou que um dos motivos para o recente recuo nos preços é a esperança de um cessar-fogo em Gaza, que agora parece mais complicado com a morte do principal negociador do Hamas.
Os preços do gás nos EUA, que tendem a reagir com atraso em relação ao petróleo, caíram um centavo para uma média de US$ 3,49 o galão, conforme dados da AAA.
O que representa uma estabilidade em relação ao mês passado e uma redução de 27 centavos em comparação ao mesmo período do ano anterior.