A principal suspeita é falha no trem de pouso, possivelmente causada por colisão com um bando de pássaros.
Um trágico acidente aéreo deixou 179 mortos na Coreia do Sul na noite deste sábado (28), horário de Brasília. Um Boeing 737-800 da Jeju Air, com 181 pessoas a bordo, explodiu após sair da pista e colidir com uma barreira de concreto no Aeroporto de Muan, no sul do país. Apenas dois tripulantes sobreviveram.
Este é o acidente mais mortal registrado no país e o pior envolvendo uma companhia aérea sul-coreana desde 1997, quando um avião da Korean Air Lines caiu em Guam, deixando mais de 200 mortos.
O voo partiu de Bangkok, na Tailândia, e tinha como destino o aeroporto de Muan. Após o acidente, todos os voos no terminal foram cancelados.
O acidente aconteceu às 9h03 de domingo no horário local (21h03 de sábado no Brasil). Segundo as autoridades, o avião deslizou pela pista com o trem de pouso recolhido, colidindo contra um muro de concreto. Imagens locais mostram o momento do impacto e as explosões (veja abaixo).
A principal suspeita é falha no trem de pouso, possivelmente causada por colisão com um bando de pássaros. A torre de controle havia alertado os pilotos sobre as aves antes do pouso.
Um passageiro chegou a enviar uma mensagem a um parente relatando que um pássaro estava preso na asa do avião.
O piloto tentou pousar duas vezes. Após uma primeira tentativa sem sucesso, o acidente ocorreu na segunda. Testemunhas relataram ter visto fogo nos motores antes do impacto.
Entre os 181 a bordo, estavam 175 passageiros e seis tripulantes. A maioria das vítimas era sul-coreana, com dois passageiros de nacionalidade tailandesa. As identidades ainda não foram divulgadas.
Os dois sobreviventes, ambos tripulantes, foram resgatados na cauda da aeronave em chamas. Equipes de emergência, incluindo mais de 80 bombeiros e diversos veículos, atuaram no local para controlar o fogo e realizar os resgates.
A Jeju Air lamentou o ocorrido, enquanto o presidente em exercício da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, declarou luto nacional até 4 de janeiro.