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Política

Lava Jato: Da operação ao desfecho do STF

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A Operação Lava Jato e sua relevância no cenário político e jurídico brasileiro.

A Operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal, foi uma das maiores investigações de corrupção na história do Brasil, desvendando esquemas de corrupção que envolviam políticos, empresários e grandes empreiteiras.

A população brasileira acompanhou ao longo dos anos as operações de busca, apreensão e prisões solicitadas pelo ex-procurador da República Deltan Dallagnol e autorizadas pelo ex-juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba.

A Lava Jato, com sede na capital paranaense, resultou na devolução de R$ 4,3 bilhões à Petrobras, recuperação de R$ 111 milhões por meio de acordos de delação, 163 prisões temporárias e 553 denunciados.

Apesar dos avanços no combate à corrupção, Moro, Dallagnol e outros procuradores enfrentaram reveses no Supremo Tribunal Federal (STF).

Deltan Dallagnol e Sergio Moro – Foto: Pedro de Oliveira/Divulgação

Ministros do STF, defensores dos acusados e parte da sociedade passaram a contestar a atuação deles, acusando-os de parcialidade e motivações políticas, especialmente após os eventos envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Após derrotas no STF, Moro e Dallagnol deixaram suas carreiras e ingressaram na política. Em 2021, o procurador-geral da República, Augusto Aras, encerrou a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Os processos remanescentes agora são acompanhados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Entretanto, o desfecho de diversos casos no STF tem gerado controvérsias e críticas intensas.

A recente anulação das condenações de figuras proeminentes como José Dirceu trouxe à tona um debate fervoroso sobre a justiça e a parcialidade das decisões judiciais.

STF extingue pena de José Dirceu por corrupção passiva na Lava Jato – Foto: Rodolfo Buhrer/Divulgação

Em um marco importante para a justiça brasileira, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi condenado em 2016 por Sérgio Moro a 23 anos e 3 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Esta condenação se somou a uma sentença anterior, em 2012, relacionada ao escândalo do mensalão, onde Dirceu já havia sido condenado.

José Dirceu foi preso em agosto de 2015 enquanto cumpria prisão domiciliar por envolvimento de corrupção ligados à Petrobras e por organizar o esquema criminoso que financiava o Partido dos Trabalhadores (PT) e outras entidades.

Milton Pascowitch, ex-operador da Engevix, em depoimento, destacou que a prioridade era o repasse de valores a Dirceu e ao núcleo político do PT.

A empreiteira Engevix investigada por pagar propina para obter contratos com a Petrobras – Foto: Divulgação

O esquema foi comprovado por meio de notas fiscais, contratos fraudulentos e outras provas documentais, que demonstraram que o petista recebeu cerca de R$ 11 milhões do esquema na Petrobras só em contratos simulados com a empresa Engevix.

Na soma de todos os contratos fraudulentos da Engevix, a Justiça identificou desvios de R$ 53,7 milhões, divididos igualmente entre o PT e agentes da Petrobras.

Da parte do PT, valores foram destinados a políticos como José Dirceu e Fernando Moura. Os repasses ocorreram entre 2006 e 2015.

José Dirceu (de camisa rosa), seguido por assessores e piloto em maratona de luxo para se defender em 2013 – Foto: Divulgação/Celiane Freitas

A condenação de Dirceu abrangeu desvios de recursos utilizados para a compra de imóveis, pagamento da reforma de um apartamento e do sítio em Vinhedo (SP) onde morava, além de pagamentos de consultorias falsas via a empresa JD Assessoria e Consultoria, e até a compra de um avião.

No entanto, em uma reviravolta judicial, a 2ª turma do STF decidiu encerrar a ação contra José Dirceu por corrupção passiva, considerando o crime prescrito.

A questão central analisada pelos ministros foi determinar se o prazo para a Justiça aplicar a punição pelo crime de corrupção passiva já havia expirado.

Anteriormente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia absolvido Dirceu do crime de lavagem de dinheiro, mas mantido a pena por corrupção. O que levou a defesa de Dirceu recorrer ao Supremo.

Ex-ministro José Dirceu durante sessão solene do Congresso em 2024 — Foto: Agência Senado/Divulgação

Com a decisão do STF, a pena de 8 anos, 10 meses e 28 dias imposta pela 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato foi extinta.

Em nota, José Dirceu diz que recebeu a decisão “com tranquilidade” e que sofreu “processos kafkianos” para tirá-lo da “vida política e institucional do país“.

A extinção da acusação de corrupção passiva contra Dirceu reacendeu discussões sobre a politização do judiciário, sendo vista por muitos como um revés significativo no combate à corrupção.

A anulação dos processos da Lava Jato contra Lula: Perspectiva jurídica com o advogado Julio Maciel

Entre os casos mais emblemáticos da Lava Jato estão as condenações do atual presidente Lula e de diversos executivos de grandes empresas como a Odebrecht e a OAS.

Ao longo dos anos, a Lava Jato resultou em centenas de investigações, prisões e condenações, mas também enfrentou críticas e reviravoltas significativas, resultando em decisões cruciais do STF que anularam diversos processos.

Atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os empresários Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, e Léo Pinheiro, da OAS – Foto: Divulgação

Segundo o advogado Julio Maciel, pós-graduado em Direito Eleitoral e mestre em Ciências Políticas, o processo penal possui diversas causas de anulabilidade. No caso da Lava Jato, a teoria do lugar do crime, conforme o artigo 6° do Código Penal e o artigo 5º, inciso XXXVII da Constituição Federal, foi central.

Um dos motivos para a anulação dos processos contra o presidente Lula foi o fato de que eles deveriam ter sido conduzidos no local onde os crimes foram praticados, o que não ocorreu, levando à anulação das condenações.

O STF determinou que Lula deveria ter sido julgado em Brasília, onde os crimes teriam ocorrido, e não em Curitiba, explica Maciel.

Além disso, o advogado ressaltou que foi evidenciada a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro, comprometendo a imparcialidade necessária em qualquer julgamento.

Marciel alegou que no caso de Lula, as sentenças foram anuladas, mas os processos devem ser reiniciados pela autoridade competente, garantindo a ampla defesa e o contraditório.

A justiça deve ser aplicada conforme a lei, independentemente do tempo decorrido. A visão juridica que se tem é que o crime foi praticado, porém foi processado e julgado por autoridade sem a devida competência em razão do lugar”, explicou o advogado.

Nos últimos anos, o STF tomou decisões que impactaram profundamente a Lava Jato. A principal crítica foi quanto à parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro e à legalidade dos procedimentos adotados.

Relembre os processos e condenações de Lula na Lava Jato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi preso em decorrência da operação Lava Jato após ser condenado em segunda instância em dois processos, com confirmação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em um deles.

Lula ficou detido por 580 dias na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba pelo caso do triplex do Guarujá. Ele se entregou à Polícia Federal em 7 de abril de 2018 e foi libertado em 8 de novembro de 2019.

Triplex no Guarujá que motivou uma das condenações de Lula e Sítio de Atibaia, que seria de Lula, segundo o MPF — Foto: Foto 1 Solange Freitas/Foto 2 Jorge Araujo.

Lula foi condenado pelo ex-juiz, agora senador, Sérgio Moro (União Brasil-PR) no caso do triplex do Guarujá, e pela juíza substituta Gabriela Hardt no caso do sítio de Atibaia.

Ambas as condenações tiveram as penas ampliadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), embora a 5ª Turma do STJ tenha reduzido a sentença no primeiro processo.

Lula foi solto antes desse julgamento, após o STF abolir a possibilidade de prisão antes do trânsito em julgado das ações, ou seja, antes do esgotamento de todos os recursos nas instâncias superiores.

Na imagem, Lula conversando com o dono da empreiteira OAS, Léo Pinheiro e o ex-diretor de incorporação da OAS, Roberto Moreira, no 1 64-A, do Condomínio Solaris – Foto: TV Globo/Reprodução

A decisão resultou na liberação de Lula para concorrer novamente a cargos públicos e questionou a integridade de outras sentenças proferidas por Moro, mesmo havendo provas das condenações:

Documentos Apreendidos:

  • Casa de Lula: Papéis relacionados ao triplex.
  • Sede da Bancoop: Documentos sobre o triplex.
  • Sede da OAS: Documentos pertinentes ao caso.

Notas Fiscais:

  • Notas fiscais da OAS e outras empresas detalhando itens usados na reforma do triplex.

Mensagens de Celular:

  • Léo Pinheiro (ex-presidente da OAS): Referências ao “chefe” e à “madame”.
  • Paulo Gordilho (arquiteto e ex-executivo da OAS): Menções a reformas em “sítio” e “praia”.
  • Marcos Ramalho (executivo da OAS): Citação à visita de Fábio Luis, filho de Lula, ao triplex em 2014.

Testemunhas:

  • Paulo Gordilho: Afirmou saber que o triplex estava reservado para Lula desde 2011.
  • Funcionários da OAS: Declararam que a empresa não costumava personalizar imóveis à venda.
  • Gerente da OAS: Relatou ter acompanhado visita de Lula e Marisa ao triplex no início de 2014.
  • Engenheira da OAS: Acompanhou visita de Marisa e Fábio ao apartamento em agosto de 2014.
  • Funcionário da Kitchens: Confirmou a contratação para cozinhas no triplex e no sítio de Atibaia.
  • Sócio da Tallento: Presenciou visita de Marisa e Fábio ao triplex.
  • Zelador do Solaris: Confirmou visita de Lula e Marisa, sem a presença de terceiros.
  • Léo Pinheiro: Confirmou o esquema criminoso na Petrobras e reuniões com Lula sobre o triplex em 2014.
  • Agenor Franklin Magalhães Medeiros (diretor da área de Óleo e Gás da OAS): Confirmou o pagamento de propinas na Petrobras e mencionou que o triplex e o sítio de Atibaia seriam debitados do crédito do PT.

Outros Elementos:

    • Nota do Instituto Lula (2014): Apresentava incoerência.
    • Contradições de Lula: Em seu interrogatório, houve inconsistências em suas declarações.

Motivos das anulações das condenações de Lula

A anulação de processos pela Lava Jato se deu principalmente por falhas processuais. A decisão do STF destacou que, embora houvesse evidências de corrupção, os direitos fundamentais dos réus foram violados. Entre as falhas apontadas estavam:

  • Parcialidade do Juiz: Sérgio Moro foi considerado parcial, especialmente após a divulgação de mensagens entre ele e procuradores da Lava Jato, que sugeriam uma colaboração indevida.
  • Foro Inadequado: Muitos processos foram julgados em Curitiba, quando deveriam ter sido conduzidos em outras jurisdições.
  • Provas Obtidas Ilegalmente: Algumas provas foram consideradas inadmissíveis por terem sido obtidas sem as devidas autorizações legais.

A anulação dos processos coloca a justiça brasileira em um ponto de reflexão crucial, destaca a necessidade de seguir rigorosamente os princípios do devido processo legal.

Outras decisões recentes do STF

A Lava Jato e seus protagonistas passaram por significativas mudanças e desafios, incluindo decisões recentes do STF à cassação do mandato de Deltan Dallagnol e a eleição de Sérgio Moro como senador.

Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato e o senador Sérgio Moro — Foto: Divulgação

O ex-procurador da República Deltan Dallagnol chefiou a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba de 2014 a 2020.

Ele liderou investigações e solicitou prisões e quebras de sigilo a Sergio Moro.

Sua atuação começou a ser contestada em 2016, quando apresentou uma denúncia contra Lula utilizando um polêmico powerpoint que sugeria o presidente como líder de uma organização criminosa.

Em março de 2022, o STJ condenou Dallagnol a pagar R$ 75 mil em danos morais a Lula por essa apresentação.

Apresentação foi feita por Dallagnol no mesmo dia em que Lava Jato denunciou Lula no caso do tríplex – Foto: Internet

Dallagnol também foi advertido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) após criticar o STF em uma entrevista.

A criação da “Fundação Dallagnol” para gerir R$ 2 bilhões recuperados da Petrobras foi suspensa pelo STF, gerando mais controvérsia.

Em 2021, Dallagnol pediu demissão do Ministério Público Federal (MPF) e, nas eleições de 2022, foi eleito deputado federal pelo Paraná com mais de 340 mil votos, sendo o mais votado do estado.

No entanto, em maio de 2023, seu mandato foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

O TSE concluiu que Dallagnol pediu exoneração do MPF para evitar a perda do cargo e o enquadramento na Lei da Ficha Limpa, já que enfrentava diversas condenações e processos no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) .

O TSE argumentou que Dallagnol deixou o MPF de maneira irregular, movendo-se para evitar processos disciplinares que poderiam impedi-lo de concorrer às eleições.

De acordo com a acusação, as condutas de Deltan incidem nas inelegibilidades descritas no artigo 1º, inciso I, alíneas “g” e “q”, da Lei de Inelegibilidade (Lei nº 64/90). Portanto, no ato de registro de candidatura, ele estava inelegível“, comunicou o Tribunal Superior Eleitoral.

A cassação de Dallagnol foi vista por muitos como um desdobramento das críticas ao modus operandi da Lava Jato, especialmente quanto a alegações de abuso de poder e perseguição política.

Atualmente, Deltan está sem mandato, mas continua a ser uma figura influente e polêmica no cenário político brasileiro.

Seus apoiadores argumentam que o STF e o TSE têm tomado decisões que enfraqueceram a Lava Jato e beneficiaram muitos dos condenados pela operação.

Dallagnol e o caso de Marcelo Odebrecht

Recentemente, a anulação das decisões da Operação Lava Jato contra Marcelo Odebrecht, um dos empresários envolvidos no escândalo de corrupção, provocou uma forte reação de Dallagnol.

Em uma declaração contundente, ele afirmou que a corrupção venceu e criticou duramente o STF, responsabilizando a Corte pela reviravolta no caso.

O empresário Marcelo Odebrecht chegando na sede da Polícia Federal em Curitiba, após ser preso em ligação com investigação da Operação Lava Jato – Foto: Internet

Dallagnol destacou que Marcelo Odebrecht, descrito por ele como “um dos maiores corruptos confessos da história do Brasil“, forneceu provas e informações cruciais sobre crimes cometidos por autoridades de todos os níveis da República.

Ele expressou indignação ao afirmar que Odebrecht foi protegido pelo próprio ministro do STF citado em sua delação.

A defesa de Odebrecht alegou que o caso era semelhante ao de outros réus da Operação Lava Jato, cujos processos foram anulados devido a irregularidades na condução das investigações.

Caso Sérgio Moro: Da atuação como juiz à assação de mandato

Sergio Moro, conhecido nacionalmente por sua atuação como juiz federal na Operação Lava Jato, ganhou notoriedade ao comandar a 13ª Vara Federal em Curitiba. Ele ordenou a prisão de doleiros, empreiteiros, políticos e do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Envolvido em diversas polêmicas, Moro determinou a condução coercitiva de Lula em 2016, decisão anulada pelo STF dois anos depois.

No mesmo ano, ele divulgou um áudio entre Lula e Dilma Rousseff, posteriormente anulado pelo STF, que considerou a divulgação inadequada.

Em 2018, Moro retirou o sigilo da delação de Antônio Palocci antes do primeiro turno das eleições presidenciais, decisão também anulada pelo STF.

Após Jair Bolsonaro vencer as eleições, Moro deixou a magistratura após 22 anos e tornou-se ministro da Justiça.

Moro e Bolsonaro se reaproximaram nas eleições de 2022 na tentativa de derrotar Lula – Foto: Mauro Pimentel

Em 2019, reportagens do Intercept, conhecidas como “Vaza Jato”, revelaram conversas entre Moro e os procuradores da Lava Jato, levando o STF a considerá-lo parcial nos processos contra Lula.

Moro deixou o Ministério da Justiça em abril de 2020 após desavenças com Bolsonaro. Em outubro de 2022, foi eleito senador pelo Paraná com 1,9 milhão de votos.

A ação do TSE contra Moro levanta acusações incluindo a utilização de informações privilegiadas durante a passagem pelo governo para benefício político, quebra de imparcialidade durante sua atuação como juiz e a violação de regras eleitorais.

Advogados de defesa argumentam que não há provas concretas das acusações e que o processo tem motivações políticas, enquanto os acusadores sustentam a gravidade das denúncias e a necessidade de investigação rigorosa.

Caso a ação do TSE prossiga e resulte na cassação do mandato de Moro, o impacto na política brasileira seria significativo.

O desfecho desse processo determinará não apenas o futuro de Moro na política, às percepções e expectativas em relação ao sistema judicial e ao processo eleitoral brasileiro.

Repercussões Cinematográficas e televisivas da Lava Jato

A operação também inspirou uma série de produções cinematográficas e televisivas, destacando filmes e séries que retrataram esse complexo capítulo da história brasileira com base nos eventos e personagens envolvidos na operação.

Entre as produções mais conhecidas está “O Mecanismo“, série da Netflix criada por José Padilha, que aborda os bastidores da operação Lava Jato de forma fictícia.

O Mecanismo, série da Netflix aborda os bastidores da operação Lava Jato – Foto: Divulgação

A série é centrada nos personagens Marco Ruffo, interpretado por Selton Mello, um delegado da Polícia Federal obcecado em desvendar a corrupção, e Verena Cardoni, interpretada por Caroline Abras, uma agente da Polícia Federal determinada a fazer justiça.

A série estreou em março de 2018 e foi bastante comentada por sua abordagem fictícia de eventos reais e pelas representações de figuras públicas.

Outro destaque é o filme “Polícia Federal – A Lei é Para Todos”, dirigido por Marcelo Antunez, que narra os desdobramentos iniciais da operação. O longa-metragem teve uma boa recepção do público e crítica, além de contribuir para ampliar o conhecimento sobre a Lava Jato.

Filme narra os bastidores e desdobramentos iniciais da Operção Lava Jato – Foto: Divulgação

A trama segue os esforços de um grupo de agentes da Polícia Federal para desvendar um esquema de corrupção que envolve políticos, executivos de grandes empresas e empreiteiras.

Alguns questionaram a veracidade dos fatos retratados nas produções cinematográficas , enquanto outros enxergaram nas narrativas uma oportunidade de reflexão sobre a corrupção e a justiça no Brasil.

Os filmes e séries sobre a Lava Jato proporcionam uma visão dos eventos, permitindo ao público questionar e explorar o enredo político e jurídico. Essas produções também destacam o papel do entretenimento como ferramenta de reflexão e debate sobre questões sociais e políticas importantes.

Embora a operação tenha realizado grandes esquemas de corrupção, as irregularidades processuais levantadas comprometeram a credibilidade e os resultados alcançados.

A anulação de processos pode ser vista como uma derrota para a Lava Jato, mas também pode servir como um alerta para futuras investigações, enfatizando a necessidade de seguir à risca os preceitos processuais, porque apesar de o delito existir, se não obedeceu estritamente o processo, o autor do ato fica sem punição.

 

 

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