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TSE desiste de acompanhar pleito na Venezuela após críticas de Maduro às eleições no Brasil

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela - Foto: Carolina Cabral/Getty Images
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A prática de enviar representantes para observar eleições em outros países é comum para o TSE.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil informou nesta quarta-feira (24) que não enviará mais representantes para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela, marcadas para o próximo domingo (28).

A decisão veio após declarações do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em um comício na última terça-feira (23), onde ele afirmou que as eleições no Brasil não são auditadas e que a Venezuela possuia melhor auditoria do mundo.

Sem citar Maduro, TSE diz que urna é totalmente auditável – Foto: Juan Carlos Hernandez/AFP

Segundo Maduro,nenhum boletim de urna é auditado no Brasil.

Em resposta, o TSE reafirmou a segurança e a auditabilidade das urnas eletrônicas brasileiras, classificando as declarações de Maduro como falsas.

Em nota oficial, o tribunal declarou:

“Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo.

A Justiça Eleitoral brasileira não admite que, interna ou externamente, por declarações ou atos desrespeitosos à lisura do processo eleitoral brasileiro, se desqualifiquem com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil”.

Missão internacional cancelada

O TSE havia designado dois especialistas em sistemas eleitorais para acompanhar a eleição venezuelana, atendendo a um convite do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.

A prática de enviar representantes para observar eleições em outros países é comum para o TSE, que também recebe delegações internacionais durante as eleições no Brasil.

As eleições presidenciais na Venezuela, onde Nicolás Maduro busca a reeleição, são cercadas por controvérsias.

Há denúncias de prisões de opositores às vésperas da votação, cerceamento da liberdade da população, restrições aos meios de comunicação e limitações ao trabalho de observadores internacionais.

 

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