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Desfile de 7 de setembro marca clima de tensão política em Brasília: Impeachment de Alexandre de Moraes é tema central

Lula desfilou em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios - Foto: Ricardo Stuckert / PR
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Tradicional desfile cívico-militar no centro da capital federal teve R$ 4,3 milhões de investimentos em infraestrutura.

O tradicional desfile cívico-militar de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, reuniu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e autoridades dos Três Poderes, como Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes.

O evento, que teve um custo de R$ 4,3 milhões, superando o gasto do ano anterior, foi organizado com o lema Democracia e Independência – É o Brasil no rumo certo”, com gastos de R$ 3,1 milhões. 

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no desfile cívico-militar da independência – Foto: Divulgação

Lula chegou ao desfile em um Rolls Royce presidencial, passou em revista as tropas e autorizou o início da cerimônia, que foi estruturada em torno de temas como a Cúpula do G20 no Brasil, campanhas de vacinação e ampliação dos serviços de saúde.

Apesar da presença de diversas autoridades, segundo projeções do Poder360, cerca de 20mil pessoas comparecereu à capital federal.

Imagens gravadas a partir do prédio do Congresso Nacional mostram desfile do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios – Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ano passado cerca de 25 mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios .

O evento foi marcado pela ausência da primeira-dama Janja da Silva e do ministro Flávio Dino, que homenageou Moraes nas redes sociais.

Ministro Alexandre de Moraes, Presidente Lula e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado – Foto: Divulgação/Agência Brasil
Estiveram presentes na Esplanada as seguintes autoridades:
  • Alexandre de Moraes – ministro do STF;
  • Alexandre Padilha – ministro das Relações Institucionais;
  • Alexandre Silveira – Minas e Energia;
  • Almirante Marcos Olsen – comandante da Marinha;
  • André Fufuca – ministro do Esporte;
  • André de Paula – ministro da Pesca;
  • Andrei Rodrigues – delegado-geral da Polícia Federal;
  • Antônio Oliveira – diretor da Polícia Rodoviária Federal;
  • Camilo Santana – ministro da Educação;
  • Celso Sabino – ministro do Turismo;
  • Cida Gonçalves – ministra das Mulheres;
  • Cristiano Zanin – ministro do STF;
  • Edson Fachin – ministro do STF;
  • Edegar Pretto – presidente da Conab;
  • Eduardo Leite – governador do Rio Grande do Sul;
  • Esther Dweck – ministra da Gestão;
  • Carlos Lupi – ministro da Previdência;
  • Dias Toffoli – ministro do STF;
  • Ibaneis Rocha – governador do Distrito Federal;
  • Geraldo Alckmin – vice-presidente e ministro da Indústria;
  • General Amaro – ministro do GSI;
  • General Tomás Aquino – comandante do Exército;
  • Gilmar Mendes – ministro do STF;
  • Herman Benjamin – presidente do STJ;
  • Jader Filho – ministro das Cidades;
  • Jaques Wagner – líder do Governo no Senado;
  • Jorge Messias – advogado-geral da União;
  • José Múcio – ministro da Defesa;
  • Juscelino Filho – ministro das Comunicações;
  • Láercio Portela – ministro da Secom;
  • Luciana Santos – ministra da Ciência e Tecnologia;
  • Luís Roberto Barroso – presidente do Supremo Tribunal Federal;
  • Luiz Marinho – ministro do Trabalho;
  • Márcio França – ministro do Empreendedorismo;
  • Márcio Macêdo – ministro da Secretaria-Geral da Presidência;
  • Margareth Menezes – ministra da Cultura;
  • Marina Silva – ministra do Meio Ambiente;
  • Nísia Trindade – ministra da Saúde;
  • Paulo Pimenta – ministro interino de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul;
  • Renan Filho – ministro dos Transportes;
  • Ricardo Lewandowski – ministro da Justiça;
  • Rodrigo Pacheco – presidente do Senado;
  • Silvio Costa Filho – presidente do Senado;
  • Silvio Costa Filho – ministro dos Portos e Aeroportos;
  • Simone Tebet – ministra do Orçamento;
  • Rui Costa – ministro da Casa Civil;
  • Tarciana Medeiros – presidente do Banco do Brasil;
  • Tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno – comandante da Aeronáutica;
  • Vinicius Marques de Carvalho – ministro da CGU;
  • Waldez Góes – ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional;
  • Wellington Dias – ministro do Desenvolvimento Social.

Impeachment de Alexandre de Moraes: O novo embate político

Enquanto o governo federal tentava passar uma mensagem de união dos Poderes, um novo embate político ganhava força nos bastidores.

Deputados e senadores, liderados por nomes como Coronel Meira (PL-PE), Gustavo Gayer (PL-GO) e Bia Kicis (PL-DF), articula um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, alegando abuso de poder e violações constitucionais.

Imagens aéreas da Avenida Paulista em ato com Bolsonaro – Foto: Divulgação

O levantamento realizado pela equipe do Monitor do Debate Político no Meio Digital apontou que, por volta das 16h05, o ato realizado na Avenida Paulista reuniu entre 45 mil pessoas.

O pedido de impeachment será apresentado nesta segunda-feira (9) no Senado, com o apoio de cerca de 150 congressistas.

Bolsonaro na Avenida Paulista teve 45,4 mil pessoas, diz levantamento de pesquisadores da USP – Foto: Divulgação

Entre as alegações estão o uso indevido de prisão preventiva, desrespeito a pareceres da Procuradoria Geral da República (PGR), violação de prerrogativas de advogados e bloqueio de contas bancárias da Starlink.

A suspensão da rede socialX” no Brasil por ordem de Moraes gerou críticas intensas de parlamentares e do ex-presidente Jair Bolsonaro, que durante o ato na Avenida Paulista o chamou de “ditador“.

Se hoje eu sou o ‘ex’ mais amado do país, esse divórcio não foi feito pelo povo. Foi feito com base nesse sistema que trabalhou quatro anos contra a minha pessoa, argumentou o ex-presidente, que também defendeu “anistia” e disse que as acusações “sem materialidade” contra ele serão revistas.

Críticas e reações: Bolsonaro e aliados se manifestam

Jair Bolsonaro e aliados criticaram as decisões de Moraes, destacando o que consideram ser um desrespeito à Constituição e interferência nos direitos individuais.

Em resposta, Lula defendeu o ministro em entrevistas, criticando o bilionário Elon Musk, proprietário da rede socialX“, afirmando que “a soberania do país não está à venda” e que todos devem respeitar as leis brasileiras.

Enquanto isso, autoridades do governo e do STF, incluindo ministros como Gilmar Mendes e Cristiano Zanin, se reuniram para um almoço no Palácio da Alvorada, em um gesto de “aproximação entre os Poderes“.

A tensão política, no entanto, se manteve como pano de fundo, com a previsão de um embate intenso no Senado sobre o futuro do ministro Alexandre de Moraes e a estabilidade do equilíbrio entre os Três Poderes.

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