A produção em grande escala da atividade em Manicoré, se deu neste ano, com a sua intensificação do Projeto Prioritário da Borracha
Os extrativistas das comunidades do Lago do Capanã Grande e Bom Suspiro, em Manicoré, interior do Amazonas, têm tido um ano promissor na produção de borracha para uma das maiores fabricantes de pneus do mundo, a Michelin.
Os seringueiros da Associação de Moradores Agroestrativistas do Lago do Capanã (Amalcg) e da Associação de Moradores Agroextrativistas da Comunidade de Bom Suspiro comercializaram, em um período de 10 meses, entre janeiro e outubro, cerca de dois mil quilos de borracha para a multinacional.
A produção em grande escala da atividade em Manicoré, se deu neste ano, com a sua intensificação do Projeto Prioritário da Borracha, uma iniciativa do Idam, que conta com uma unidade local (UnLoc) no município.
“Ou seja, o trabalho junto aos extrativistas têm surtido efeito e, em curto prazo, a venda da borracha para o mercado foi intensificada e logo para a Michelin”, disse diretor-presidente do Idam, Vanderlei Alvino.
De acordo com o Idam, o projeto prioritário visa estimular a cadeia produtiva da borracha, de forma sustentável, e garantir emprego e renda à população que depende da atividade como meio de subsistência.
O Brasil já foi o maior produtor de borracha do mundo, porém, em 1951, o país se tornou importador da matéria-prima. O Amazonas, referência em produção da borracha, no passado, está disposto a retomar a hegemonia no segmento e o Governo do Amazonas, por meio do Idam, tem atuado nessa retomada, com assistência técnica e extensão rural (Ater).
Atualmente, a atividade relacionada à borracha é desenvolvida em 14 municípios amazonenses, como : Carauari, Jutaí, Eirunepé, Pauini, Boca do Acre, Lábrea, Canutama, Humaitá, Itacoatiara, Nova Olinda do Norte, Itamarati, Urucará, Guajará e Manicoré.
Em 2022, a produção de borracha em território amazonense somou 314 toneladas e beneficiou mais de 246 agricultores familiares e produtores rurais.