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Saúde

Letícia Cazarré é diagnosticada com Burnout

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Letícia conta que passou meses dormindo quatro horas por noite e, durante o dia, tinha uma rotina intensa para cuidar dos filhos

A stylist Letícia Cazarré foi diagnosticada com síndrome de burnout pouco antes de descobrir a gravidez do sexto filho. Em entrevista à revista Caras, ela disse que sentiu muita preocupação ao saber da nova gestação, “em vez de sentir aquela alegria de uma nova vida que chega”.

“Fiquei pensando se iria dar conta, se meu corpo iria aguentar”, afirmou. Ela é casada com o ator Juliano Cazarré, com quem tem os filhos Vicente, Inácio, Gaspar, Maria Madalena e Maria Guilhermina. Em março chega Estêvão.

Foto: Reprodução/ Rede Social

Sinais e sintomas do burnout

A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica o burnout como uma síndrome específica do contexto laboral, ou seja, relacionada a fenômenos no trabalho. Por definição, segundo a CID (Classificação Internacional de Doenças):

“Burnout é uma síndrome conceituada como resultante de estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”.

O quadro é caracterizado em três dimensões:

•Sentimentos de esgotamento ou exaustão energética;
•Aumento da distância mental do trabalho ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao trabalho;
•Uma sensação de ineficácia e falta de realização.

Esses sinais de que a pessoa está com burnout podem vir acompanhados de sintomas como:

•Cansaço excessivo, físico e mental;
•Dor de cabeça e dores musculares frequentes;
•Tremores e batimentos cardíacos acelerados;
•Alterações no apetite;
•Problemas gastrointestinais;
•Insônia;
•Dificuldades de concentração e prejuízo de memória;
•Irritabilidade;
•Desmotivação e tristeza frequentes;
•Ansiedade;
•Depressão.

Burnout parental é a mesma coisa?

Como o burnout se caracteriza por um estresse crônico não gerenciado, é possível que esse fenômeno ocorra em outras áreas da vida além do trabalho.

Pesquisadores entendem que a parentalidade é capaz de produzir esse esgotamento e levar ao burnout parental. Isso porque cuidar de crianças é exaustivo e, ao mesmo tempo, elas dão sentido à vida dos pais, levando-os a querer desempenhar um bom papel como cuidadores.

A pressão interna e externa (da sociedade) por performance contribui para a sobrecarga que, em excesso e sem controle, pode levar a um quadro de burnout.

Artigos que apresentam o conceito no âmbito parental falam em quatro dimensões da condição:

•Exaustão no papel parental;
•Contraste com a figura parental anterior;
•Sentimentos de estar farto do papel parental;
•Distanciamento emocional dos filhos.

Letícia contou que passou meses dormindo quatro horas por noite e, durante o dia, tinha uma rotina intensa para cuidar dos filhos e das demandas que uma família grande exige.

Além disso, há a preocupação com a filha caçula, que nasceu com uma cardiopatia e precisou ser internada algumas vezes no último ano.

Foto: Reprodução/ Rede Social

Como tratar burnout

Um estresse insustentável precisa ser manejado com ajuda especializada. Profissionais da psiquiatria e psicologia são indicados para identificar, orientar e tratar pessoas com burnout. Os dois atuam em conjunto.

Se a síndrome é diagnosticada na fase inicial, o tratamento é feito por meio de psicoterapia, mudanças comportamentais e nos ambientes em que a pessoa vive —casa e/ou trabalho.

Porém, se o quadro está avançado, mais grave, pode haver necessidade de medicamentos, principalmente para melhorar a energia, o humor e o sono. Além disso, mudanças no estilo de vida também são fundamentais para um tratamento bem-sucedido.

As estratégias valem para o burnout parental com o acréscimo de duas condutas importantes para mães e pais: praticar o ócio —sem culpa e sem cobrança de ser produtivo— e, se possível, compartilhar as responsabilidades da casa e dos filhos, solicitar e permitir que outras pessoas participem dos cuidados da criança.

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